1 de 1 Foto mostra pesquiadora segurando uma vacina e uma ampola enquanto sorri - Metrópoles
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As farmacêuticas Moderna e Merck/MSD anunciaram, nesta quarta-feira (26/7), o início da seleção de voluntários para a última fase de testes de sua vacina personalizada para combater o câncer de pele. Se os resultados forem positivos, o imunizante poderá ser administrado ao público.
A vacina deve ser usada junto com o medicamento Keytruda e é indicada para pessoas que já tiveram melanoma. Nos testes de fase 2, o recebimento da dose diminuiu em 44% o risco de morte e de recorrência do tumor em comparação com as pessoas que usaram apenas o remédio.
A nova etapa dos testes será feita com cerca de mil pacientes que serão selecionados pelos médicos de 165 centros de saúde em 25 países ao redor do mundo. Ainda não há prazo para a conclusão do estudo ou para a disponibilização da vacina ao público.
Na etapa anterior, as doses da vacina haviam sido aplicadas em 157 pacientes que tiveram tumores de pele removidos com estágios de gravidade entre o três e o quatro, os mais altos de um câncer.
“Esta vacina é um marco empolgante e importante para investigar como a terapia individualizada pode potencialmente transformar o tratamento da forma mais grave de câncer de pele”, disse o vice-presidente sênior da Moderna, Kyle Holen, em comunicado à imprensa.
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O câncer de pele é o tipo de alteração cancerígena mais incidente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A enfermidade pode aparecer em qualquer parte do corpo e, quando identificada precocemente, apresenta boas chances de cura
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A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma
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Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara
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O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos
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Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado
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Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma
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Os primeiros sinais de não-melanona tendem a ter aparência de um caroço, mancha ou ferida descolorida que não cicatriza e continua a crescer. Além disso, pode ter ainda aparência lisa e brilhante e/ou ser parecido com uma verruga
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O sinal pode causar coceira, crostas, erosões ou sangramento ao longo de semanas ou até mesmo anos. Na maioria dos casos, esse câncer é vermelho e firme e pode se tornar uma úlcera. As marcas são parecidas com cicatrizes e tendem a ser achatadas e escamosas
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O câncer de pele geralmente aparece em partes do corpo onde há maior exposição ao sol, estando muito associada à proteção inadequada com filtros solares
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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o não-melanona tende a ser completamente curado quando detectado precocemente. Ele raramente se desenvolve para outras partes do corpo, mas se não for identificado a tempo, pode ir para camadas mais profundas da pele, dificultando o tratamento
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O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo dermatologista por meio de exame clínico. Em determinadas situações, pode ser necessária a realização do exame conhecido como "Dermatoscopia", que consiste em usar um aparelho que permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu. Em situações mais específicas é necessário fazer a biópsia
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Segundo o Ministério da Saúde, “a cirurgia oncológica é o tratamento mais indicado para tratar o câncer de pele para a retirada da lesão, que, em estágios iniciais, pode ser realizada sem internação”
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Ainda segundo a pasta, “nos casos mais avançados, porém, o tratamento vai variar de acordo com a condição em que se encontra o tumor, podendo ser indicadas, além de cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia”
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Entre as recomendações para a prevenção do câncer de pele estão: evitar exposição ao sol, utilizar óculos de sol com proteção UV, bem como sombrinhas, guarda-sol, chapéus de abas largas e roupas que protegem o corpo. Além, é claro, do uso diário de filtro solar com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais
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Como a vacina combate o câncer?
A vacina usa a mesma tecnologia do imunizante da Covid-19, a do RNA mensageiro. Ela é projetada para ensinar o sistema imunológico a reconhecer e atacar mutações específicas nas células cancerígenas e evitar novos aparecimentos dos tumores de pele, que costumam ser mais graves.
Até agora conhecida como V940, a terapia usa células modificadas de RNA codificadas para entender a sequência de DNA específica do câncer de cada paciente, que foi previamente coletado e isolado.
Após a vacinação, é como se o corpo ganhasse uma memória reforçada para identificar células potencialmente cancerígenas e combatê-las.
Com os resultados promissores, as empresas também planejam expandir o programa de desenvolvimento de vacinas de RNA mensageiro para outros tipos de tumor, incluindo câncer de pulmão.
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