Vídeo: durante resgate de reféns, Lázaro atira em policiais na mata
O psicopata é procurado por oito dias em uma região de mata. Uma coalizão de forças de segurança do DF e de Goiás tenta encontrá-lo
atualizado
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Um vídeo gravado na tarde dessa terça-feira (15/6) mostra o momento em que policiais civis e militares do Distrito Federal e de Goiás encontram três pessoas da mesma família reféns do psicopata Lázaro Barbosa, 32 anos.
As imagens mostram pai, mãe e filha deixando uma mata fechada, em Edilândia (GO), pelo leito de um rio. No momento em que eles são resgatados, ouve-se, pelo menos, quatro tiros disparados por Lázaro.
Os agentes das forças de segurança e as três vítimas tentam se abrigar das balas se jogando no chão.
Assista:
As imagens não mostram, mas antes de libertar os reféns, Lázaro trocou tiros com a guarnição, acertando um policial militar de Goiás de raspão rosto. Ele foi levado ao Hospital de Anápolis (GO), de helicóptero, medicado e já recebeu alta médica.
O Metrópoles falou com Paulo Henrique Siqueira, 28 anos, sobrinho de um dos reféns. Ele escutou do tio detalhes sobre como foram os momentos ao lado do homem que deixa um rastro de violência em Goiás enquanto tenta fugir da polícia.
“Quando ele [o Lázaro] chegou na chácara, a minha prima [a adolescente de 15 anos] conseguiu se esconder embaixo da cama e mandou mensagem para os policiais pedindo ajuda. Mas na mesma hora alguém ligou pra ela, aí o Lázaro conseguiu achar”, narra o familiar. Paulo Henrique afirmou que o suspeito chegou a dizer que iria matar a família.
“Às vezes ele falava que ia matar, às vezes falava que não ia matar. Ele amarrou todos com as mãos para trás e quando estava correndo para fugir dizia que se não obedecessem ele matava, e que ele não errava nenhum tiro”, disse o rapaz.
Apesar do susto, não houve agressão física por parte de Lázaro. “Ele não chegou a bater em ninguém, o único momento que tocou na minha prima foi pra tirar o casaco de frio dela, que era vermelho e chamava a atenção de longe”, explicou Paulo Henrique. Lázaro ainda jogou o celular de todos os reféns em um rio.
O secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, acredita que a família seria morta em um ritual satânico se não fosse a intervenção policial, pois todos estavam sem roupa e prestes a serem executados.
Antes de confrontar os policiais, o suspeito escondeu a família com folhas de bananeira, que ele mesmo cortou, para que os reféns não fossem avistados pelo suporte aéreo das forças de segurança. Lázaro ainda conseguiu estocar comida com a invasão à chácara dos Siqueira. “Antes da polícia chegar, meu tio disse que ele pegou 1 kg de comida”, afirmou o sobrinho.
Na manhã de terça, Lázaro chegou a pedir um prato de comida ao chacareiro Rosinaldo Pereira de Moraes, 55 anos, que trabalha na fazenda onde o criminoso foi flagrado por câmeras de segurança. O suspeito fugiu antes de conseguir o alimento.
“Pedi para ele aguardar eu prender os bezerros e trazer as vacas que iria arrumar um prato de comida para ele. Cheguei a falar que comida não se negava a ninguém. A minha intenção era dar a comida para despistar e segurar ele. Mas ele não esperou. Eu o vi saindo pela mata. É muito esperto”, disse o chacareiro.