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Mire-se, Lula, em Itamar Franco ou em Dilma Rousseff e aja rápido

Ministro dos Direitos Humanos é acusado de assédio sexual

atualizado

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Reprodução/ Youtube Conversas Pastorais
Homem negro de cabelo raspado segura microfone com a mão esquerda; ele veste camisa branca e blazer azul claro - Metrópoles
1 de 1 Homem negro de cabelo raspado segura microfone com a mão esquerda; ele veste camisa branca e blazer azul claro - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Youtube Conversas Pastorais

O presidente Itamar Franco ensinou aos que o sucederam a como lidar com ministros acusados de desvio de conduta. Ele afastou do cargo de chefe da Casa Civil um dos seus maiores amigos, acusado de corrupção. Meses depois, uma vez que a acusação não se sustentou por falta de provas, devolveu-lhe o cargo.

No seu primeiro governo, Dilma Rousseff ganhou fama e aumentou sua aprovação popular na condição de “a faxineira” do Palácio do Planalto. Nos nove meses iniciais,  ela afastou sete ministros, todos suspeitos de corrupção. Com isso, atritou-se com o Congresso que a derrubaria na metade do seu segundo mandato.

Com 20 dias de governo e pelo mesmo motivo, Michel Temer foi obrigado a forçar a demissão de dois ministros: Romero Jucá, do Planejamento, e Fabiano Silveira, da Transparência. Ambos foram gravados pelo empresário Sérgio Machado fazendo críticas pesadas à Operação Lava-Jato. “É preciso estancar a sangria”, disse Jucá.

Temer seria gravado pelo empresário Joesley Batista dizendo: “É preciso manter isso aí”. Referia-se ao comentário feito por Batista sobre a ajuda que ele dava ao deputado Eduardo Cunha, cassado pela Câmara por corrupção e preso pela Lava-Jato. Duas vezes denunciado pela Justiça, Temer escapou de ser cassado.

Lula tem um problema para resolver depois que a organização Me Too Brasil acusou, ontem, o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, de assédio sexual. A organização não indicou o nome das denunciantes. O ministro emitiu uma nota e gravou um vídeo em que refuta “com veemência” a acusação.

Uma das denunciantes teria sido Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial e irmã da vereadora assassinada no Rio Marielle Franco. Procurada por jornalistas, Anielle negou-se a confirmar ou a desmentir o caso de assédio. Se não foi assediada por Almeida, por que Anielle simplesmente não diz que não foi?

Se não quer arcar com mais um desgaste à sua imagem, só restam a Lula dois caminhos: ou força Almeida a se afastar do cargo ou o afasta do cargo e nomeia um interino até que tudo seja esclarecido. É a receita de Itamar que continua atual. É o zelo com o decoro público demonstrado por Dilma.

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