Urticária Crônica Espontânea: doença afeta 1,5 milhão de brasileiros
Pouco conhecida, a condição é caracterizada por coceira que aparece sem razão aparente e, na maioria das vezes, não tem a ver com alergia
atualizado
Compartilhar notícia
Quando se ouve falar sobre urticárias, a primeira informação que vem à cabeça é uma coceira forte, causada por algum agente externo (perfume, alimentação, picada de insetos). Mas nem toda é igual, e um tipo específico, a Crônica Espontânea, chama atenção por minar a qualidade de vida dos enfermos: sem razão aparente, surgem urticas e angioedemas que coçam bastante e desaparecem só para reaparecerem em outra parte do corpo logo depois. Não há relação com o estado emocional.
A Urticária Crônica Espontânea (UCE) atinge cerca de 1,5 milhão de brasileiros, mas o diagnóstico não costuma acontecer rapidamente – o paciente custa a procurar ajuda médica e pode demorar até cinco anos para descobrir exatamente o que tem. A doença é mais comum entre pessoas de 20 a 40 anos e, embora atinja indivíduos de todos os sexos, as mulheres são duas vezes mais propensas a serem diagnosticadas com UCE. Com tratamento, 92% dos atingidos conseguem controlar os sintomas.
“Na UCE, as urticárias aparecem e desaparecem em menos de 24 horas, mudam de lugar rapidamente e esse quadro se repete por mais de seis semanas, além de não apresentarem uma causa explícita. O ideal é que o paciente procure um alergista ou dermatologista para definir o diagnóstico. É uma lesão conhecida por coçar muito, e 40% dos pacientes têm urticas e angioedemas [um inchaço] ao mesmo tempo”, explica a alergista Marta Guidacci.