Entenda o que é hidrocolonterapia, o tratamento de beleza da moda
Usado para desintoxicação e até para rejuvenescimento, o método caiu nas graças de homens e mulheres
atualizado
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Um dos serviços mais procurados atualmente por homens e mulheres nos consultórios, clínicas e institutos de beleza de Brasília é a hidrocolonterapia. Trata-se de um processo de limpeza intestinal que une a lavagem à suplementação nutricional.
A técnica não é novidade, era muito conhecida no Egito e na Grécia. Ela chegou à atualidade com retoques modernos e valores que começam na casa dos R$ 3 mil.
Cofundadora da Associação de Detoxterapia do Brasil, a terapeuta Gislayne Mendoza, à frente da Clínica Mendoza, no Lago Sul, é o nome mais lembrado na capital quando o assunto é limpeza intestinal. Em sua cartela de clientes há desde advogados e empresários até senadores, juízes, ministros e socialites.“Costumo dizer aos meus pacientes que a limpeza intestinal é um cuidado que deve ser frequente. Há pacientes que fazem a cada seis meses. Há pessoas que realizam o procedimento a cada 40 dias”, diz.
Ela confirma ainda que a demanda pela terapia cresceu nos últimos meses. “As pessoas chegam na clínica dizendo que querem emagrecer com o método que tal celebridade usa para perder medidas”, revela.
De acordo com Gislayne, o tratamento pode ser feito em dois formatos: duas horas diárias ao longo de cinco dias ou uma hora por dia, durante um período de 10 dias. “Entre os benefícios, já vimos quadros variados de perda de peso, aumento da libido, melhora da memória e do sono, pele com mais brilho, além de diminuir celulite e melasma”, diz.
O que de fato ocorre na hidrocolonterapia?
O procedimento começa com um coquetel de óleos naturais ingerido poucos minutos antes da sessão, já na clínica. Na sequência, a pessoa é levada para a sala de terapia, colocada numa posição angulosa e o terapeuta introduz uma cânula da grossura de um dedão até a metade do ânus.
Essa cânula descartável está ligada a um aparelho e por ali passam até 30 litros de água morna, ozonizada e duplamente filtrada que atinge desde o reto até o apêndice. A intervenção pode durar até duas horas e durante todo esse período é aplicada uma massagem na região abdominal para estimular os movimentos peristálticos.
“Nosso intestino grosso tem 1,5 m de comprimento, enquanto o intestino delgado tem de 6 a 10 metros. Ele é um órgão que pode aumentar até cinco vezes de tamanho e quando isso acontece é criada uma impermeabilidade intestinal que pode dar início a um processo de autointoxicação. Se as toxinas do intestino começam a cair na corrente sanguínea, o organismo todo começa a se autointoxicar”, explica a terapeuta.
Ela afirma, no entanto, que apenas 30% do detox do corpo acontece de fato no intestino. “Ao fazer a hidrocolonterapia, o organismo expele fezes, muco e até parasitas”, conta.
Ela chama a atenção também para um fenômeno que ocorre com frequência: as fezes envelhecidas. “É comum as fezes ficarem presas durante anos no intestino. Limpar esse material é importante porque elas apodrecem lá e podem causar hemorróidas e outros problemas”, diz a terapeuta.
Alguns profissionais da área da saúde apontam problemas sérios na prática da hidrocolonterapia, como infecção e até a perfuração do intestino. Gislayne, porém, nega qualquer risco. “A terapia não dói, não precisa de anestesia, não tem cheiro, não constrange e não oferece risco à saúde”, garante.
E depois?
O pós-tratamento é até simples. “Há quem saia da sessão e vá direto trabalhar. Diarreia ou flatulência não são problemas”, esclarece Gislayne. “Muitas pessoas comentam sobre uma leve sonolência nos primeiros dias, mas logo depois a sensação de bem estar prevalece”, diz.
Funciona?
O maior interesse das pessoas com essa técnica é perder peso. Gislayne garante que já viu casos de pessoas que se livraram de 3kg logo na primeira sessão.
“É importante dizer que não se perde gordura, mas medidas. Isso ocorre porque nosso intestino pode acumular de 10 a 15 quilos de fezes e uma vez que a limpeza é feita esse volume é liberado. Por isso a hidrocolonterapia faz a diferença na balança”, explica.
Ela aponta ainda que ao realizar o procedimento, uma vez que o intestino é limpo, perde-se também nutrientes. Para isso, há paralelamente o processo de recolonização da microbiótica intestinal com bactérias do bem, produtos simbióticos, vitaminas, magnésio e suplementação.
“É indicada também uma alimentação “viva” e funcional com nada de origem animal nos dias seguintes. É importante cortar o ovo, leite, manteiga e carne vermelha e branca”, explica.