Dia Nacional da Doação de Órgãos: transplantes ainda são insuficientes
De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, a quantidade de procedimentos aumentou apenas 1,7% em um ano
atualizado
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Apesar de cerca de 32 mil pessoas esperarem transplantes no Brasil, o número de procedimentos no país ainda é insuficiente para atender à demanda. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), comparando-se a quantidade de cirurgias do primeiro semestre de 2017 com o número de 2018, o aumento foi de apenas 1,7%.
O processo de doação de órgãos deve ser rápido e o tempo é fundamental. Além do tipo sanguíneo compatível, o órgão deve estar funcionando normalmente, ter tamanho correto e, em caso de mortes por infecção, por exemplo, precisa ser descartado. Para que a troca funcione, é preciso respeitar também o tempo que o órgão dura fora do corpo.
“Quando há um alerta de possibilidade de doação, tudo tem que acontecer com muita rapidez, partindo da conversa com os familiares, passando pela busca por um paciente compatível. Todo o processo deve acontecer respeitando o tempo-limite de sobrevida de um órgão, que pode variar. Um coração pode ficar parado por até 4 horas, já um fígado resiste até 12 horas fora de um corpo, e um rim aguenta 36 horas sem circulação sanguínea”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Clóvis Klock.
Depois do transplante, o paciente que recebeu o órgão precisa passar por vários exames e tomar medicamentos para evitar a rejeição pelo seu organismo.