Conheça verdades e mentiras sobre os exercícios hipopressivos
O preparador físico Néstor Serra esclarece algumas questões sobre a técnica
atualizado
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A tendência fitness do momento são os exercícios hipopressivos. Criada originalmente pelo dr. Marcel Caufriez para a reabilitação pós-parto e para ajudar a contornar disfunções relacionadas à cavidade abdominoperineal, a técnica tem sido cada vez mais usada para o rendimento esportivo e mais eficiência na hora de trabalhar a região abdominal.
Por ainda ser uma novidade, há diversas dúvidas e mitos em relação a esses exercícios. O espanhol Néstor Serra, preparador físico e diretor responsável pelo método Hipopressivo RSF, esclarece algumas questões sobre o assunto.
“Hipopressivos e yoga são a mesma coisa”
A yoga é uma prática tradicional e milenar de disciplina física. Já os hipopressivos são técnicas posturais focadas na reabilitação, prevenção e/ou melhora da saúde e condição física.
Para Nestor, ambas as técnicas têm sido associadas por buscarem “relaxamento e elevação do diafragma torácico”. No entanto, os hipopressivos trabalham a contração da musculatura da faixa abdominal e do períneo.
“Exercícios que aumentam a pressão abdominal são perigosos”
A afirmação é vaga, de acordo o profissional. Primeiro, exercícios diferentes aumentam a pressão abdominal de formas diversas. Corrida, pilates, pranchas, etc. Há uma variação. Segundo, é preciso considerar também a resposta de cada indivíduo ao exercício.
“Se durante um exercício há aumento da pressão intra-abdominal, não é hipopressivo”
Segundo o criador da técnica Marcel Caufriez, o método consiste em “exercícios posturais que, a médio prazo, melhoram a gestão barométrica provocada por qualquer prática”.
Em outras palavras, o objetivo não é necessariamente aumentar ou não a pressão interna, e sim melhorar o controle da intensidade.
Segundo especialistas, idealmente, uma sessão de exercícios hipopressivos deve ter cerca de 20 a 30 minutos. A duração é curta porque a prática não tem como objetivo a perda de peso, e sim a melhoria da qualidade muscular.
Apesar disso, para obter resultados melhores e evitar o acúmulo de gordura abdominal, uma dieta regrada é essencial.