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Falta de ômega 3 abrevia a vida mais do que fumar, alerta estudo

Pesquisa aponta que dieta deficiente na gordura, presente em peixes como salmão e cavala, pode reduzir a expectativa de vida em cinco anos

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alimentação saudável salmão abacate ômega 3
1 de 1 alimentação saudável salmão abacate ômega 3 - Foto: Getty Images

O ômega 3 é uma gordura poli-insaturada, um tipo de ácido graxo essencial para a saúde do corpo, mas que não é produzido por ele. Por isso seu consumo é altamente recomendado por especialistas.

Uma nova pesquisa reforça essa recomendação, pois cientistas da Universidade de Guelph, no Canadá, descobriram que a falta desse óleo na dieta pode encurtar a vida mais do que fumar cigarros.

As principais fontes de ômega 3 são os peixes de águas profundas e geladas, como a sardinha, o arenque, o salmão e o atum. Outras opções são as algas marinhas, as sementes de linhaça, de chia e as nozes. Trata-se de um óleo conhecido por ser benéfico para o coração e por evitar a formação de coágulos sanguíneos, como a trombose.

Os cientistas canadenses descobriram que fumar reduz a expectativa de vida em quatro anos, enquanto os baixos níveis de ácido graxo podem reduzi-la em cinco anos. O estudo, publicado no periódico científico American Journal of Clinical Nutrition, usou como base de análise os dados estatísticos do Framingham Heart Study (FHS), considerado um dos estudos epidemiológicos mais importantes da história da medicina ocidental.

Os dados do FHS fornecem importantes indícios sobre os fatores de risco de doenças cardiovasculares e a partir deles foi criada a Pontuação de Risco de Framingham com base em oito fatores de risco padrão de linha de base: idade, sexo, tabagismo, tratamento de hipertensão, diabetes, pressão arterial sistólica, colesterol total e colesterol HDL.

A partir desses dados, os pesquisadores descobriram que medir os ácidos graxos pode prever a mortalidade de forma semelhante aos fatores de risco padrão. Eles estipularam que um bom índice de ácido graxo é de 8% ou mais, o nível intermediário está entre 4 e 8% e o baixo é de 4% ou menos.

“A informação transportada nas concentrações de quatro ácidos graxos dos glóbulos vermelhos foi tão útil quanto a transportada nos níveis de lipídios, pressão sanguínea, tabagismo e diabetes em relação à previsão da mortalidade total. Isso demonstra o poder do índice do ômega 3 como fator de risco e deve ser considerado tão importante quanto os outros fatores estabelecidos, e talvez até mais importante”, explicou Bill Harris, coautor do estudo e presidente do Fatty Acid Research Institute em entrevista ao Daily Mail divulgada nesta segunda-feira (19/7).

Segundo Michael McBurney, da Universidade de Guelph, pesquisador principal do estudo, existe uma relação entre o índice de ômega 3 e a expectativa de vida em diferentes países. “É interessante notar que no Japão, onde a média do índice de ômega 3 é superior a 8%, a expectativa de vida é cerca de cinco anos a mais do que nos Estados Unidos, onde a média desse índice é de cerca de 5%”, observa.

“Consequentemente, na prática, as escolhas alimentares que alteram o índice de ômega 3 podem prolongar a vida”, acrescenta o cientista.

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