Zika pode servir para tratar câncer de próstata, diz Unicamp
Pesquisa mostrou que vírus inativo consegue inibir a proliferação de células tumorais em até 50%
atualizado
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Uma recente pesquisa feita pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em parceria com a Fapesp pode representar uma esperança para pacientes com câncer de próstata. De acordo com o trabalho, o vírus zika, mesmo após ser inativado por alta temperatura, é capaz de inibir a proliferação das células tumorais em até 50%. Os resultados foram publicados na revista especializada Scientific Reports.
De acordo com os pesquisadores, os primeiros testes mostraram que o vírus inativo funcionou da mesma maneira que uma vacina. Ao expor as células de câncer de próstata ao zika inativado, os estudiosos observaram a redução das células tumorais. O próximo passo é continuar os estudos em camundongos e humanos.
O estudo foi feito pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp e pelo Laboratório Innovare de Biomarcadores. Em pesquisas anteriores, a mesma equipe havia descoberto o potencial do vírus zika de combater tumores no cérebro.
De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de próstata é o tipo de câncer mais frequente entre os homens, depois do de pele. As estimativas apontam 68.220 novos casos em 2018. Esses valores correspondem a um risco estimado de 66 casos novos a cada 100 mil homens, além de ser a segunda causa de morte por câncer em homens no Brasil.
(Com informações da Fapesp)