Xô, cigarro! Quem para de fumar melhora saúde já nos primeiros dias
Deixar o cigarro exige esforço do fumante, mas os benefícios são imediatos. Olfato melhora, além de apetite e disposição aumentarem
atualizado
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O tabagismo mata 428 pessoas por dia no Brasil, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Ao todo, 156.216 mortes decorrentes do câncer poderiam ser evitadas todos os anos sem o uso do tabaco. Fumar está diretamente ligado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que é a principal causa de mortes no mundo segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Decidir parar de fumar não é simples e exige muito esforço de quem tem esse hábito. Por isso, para animar quem está vivendo esse momento, uma boa notícia: os efeitos para a saúde são sentidos no corpo já nos primeiros dias sem cigarro. “Os primeiros sinais são a melhora do olfato e o aumento do apetite e da disposição”, aponta a pneumologista Clarisse Guimarães.
Depois que a pessoa para de fumar, o corpo fica livre da nicotina e do monóxido de carbono em dois dias. Após duas semanas, o número de células produtoras de muco no pulmão, já irritado, também diminui, desbloqueando a passagem de ar e regulando a quantidade de saliva produzida. Em três meses, os seios da face são desobstruídos e respirar torna-se mais fácil.
O risco de desenvolver uma doença cardíaca fica bastante reduzido depois de um ano longe do cigarro e, após cinco anos, a probabilidade de que a pessoa sofra um derrame é tão baixa quanto a de um não-fumante. As chances de se ter câncer, no entanto, persistem.
Fumar é considerado um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de células tumorais, já que, pelo menos, 70 das 4.720 substâncias tóxicas presentes no cigarro são cancerígenas. Segundo a Fundação do Câncer, 90% dos casos de câncer de pulmão ocorrem em consequência do tabagismo. Infelizmente, um terço dos 10% de casos restantes acontece em fumantes passivos. Em outros tipos de câncer, como de esôfago, estômago, pâncreas, rim, bexiga, mama e tumores da região de cabeça e pescoço (boca, laringe e garganta), o tabagismo é um fator de risco e aumenta as probabilidades de aparecimento da doença.