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XBB.1.5: tudo sobre a subvariante que domina casos de Covid nos EUA

O país vive um aumento importante de novos casos de Covid durante o inverno, impulsionado pela subvariante Ômicron XBB.1.5

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Na imagem colorida, uma mão segura um frasco com uma embalagem escrito ômicron
1 de 1 Na imagem colorida, uma mão segura um frasco com uma embalagem escrito ômicron - Foto: Getty Images

Os casos de Covid-19 voltaram a disparar nos Estados Unidos, especialmente no Nordeste do país, onde há um surto da subvariante XBB.1.5 do coronavírus. Dados do Centro de Controle de Doenças (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, mostram que a cepa é responsável por cerca de 40% dos casos da doença, o dobro da semana anterior. Em Nova York, por exemplo, 75% dos diagnósticos de infecção são atribuídos a ela.

A sublinhagem da Ômicron foi encontrada pela primeira vez em outubro de 2022 e logo se espalhou. Há registros de infecções pela nova cepa em ao menos 29 países. O Brasil ainda não entrou para a lista, mas virologistas acreditam que ela já está em circulação no território nacional.

Representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) ressaltaram, durante coletiva de imprensa dessa quarta-feira (4/1), a importância de manter a vigilância com testagem e divulgação de dados para entender a propagação do vírus. Eles também alertam para a necessidade de deixar os sistemas de saúde preparados para possíveis novas ondas de infecções e hospitalizações.

Mutações

A XBB.1.5 é uma versão da XBB, variante recombinante da Ômicron que agrega elementos da BA.2.75 e da BJ.1. As cepas recombinantes podem surgir quando uma pessoa é infectada por dois microrganismos diferentes que entram em uma mesma célula. Nessa situação, o material genético deles pode ter os pedaços trocados aleatoriamente.

A biomédica e pesquisadora brasileira Mellanie Fontes-Dutra explica que XBB.1.5 apresenta mutações em uma região importante de ligação do vírus com as células que aumenta seu escape da resposta imunológica das vacinas e da proteção concedida por infecções anteriores.

“Quando falamos de escape de defesas, é preciso lembrar que esse escape é parcial pois, no geral, se está olhando para anticorpos neutralizantes, e as defesas vão além disso”, esclarece Mellanie em um post publicado no Twitter.

Maior transmissibilidade

Estudos preliminares mostram que a nova versão da Ômicron pode ser ainda mais transmissível do que as anteriores, como a BQ.1.1, em alta circulação no Brasil. Ainda não se sabe se a XBB.1.5 pode provocar sintomas diferentes dos observados nas ondas anteriores.

“É a subvariante mais transmissível detectada até o momento devido às mutações encontradas em seu interior, que ajudam a aderir às células e dão vantagem de crescimento”, detalhou a diretora técnica daOMS, Maria Van Kerkhove, em entrevista coletiva nessa quarta-feira (4/1).

Maria avalia que a XBB.1.5 deve levar a novas ondas de infecção em diferentes partes do mundo, mas isso não deve se refletir em um aumento de mortes entre as populações vacinadas.

“A vacinação é essencial para evitar doença severa e morte. Tome a sua dose de reforço, principalmente se tem mais de 60 anos ou condições subjacentes”, recomendou a diretora da OMS. A organização deve publicar um documento com a avaliação de risco da variante nos próximos dias.

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Ao contrário do que muitos pensam, a vacina, na verdade, não impede a contaminação, mas diminui as chances de casos mais graves que possam levar à morte. Por isso é importante continuar tomando as doses indicadas e manter os cuidados para prevenir a infecção
No Brasil, o recente aumento de casos de Covid-19 indica que estamos entrando em uma quarta onda da doença, especialmente devido à circulação de subvariantes mais transmissíveis da Ômicron
Alguns dos principais sintomas da Covid-19 em vacinados são: tosse, coriza e congestão nasal, fadiga e letargia, dor de garganta, dor de cabeça, dor muscular, febre e espirros
Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), os infectados são, em sua maioria, jovens. Além disso, segundo epidemiologistas da instituição, os casos não estão gerando hospitalizações, mas devem ser acompanhados
A indicação continua sendo a mesma: ao apresentar alguns dos sintomas, é importante procurar uma unidade de saúde para realizar o teste da doença. Outra opção é recorrer ao autoteste da Covid, que pode ser encontrado em farmácias. Em caso de resultado positivo, manter o isolamento
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Mesmo em países com alta taxa de imunização, os vacinados podem ser infectados pela Covid-19. Apesar do que possa parecer, isso não significa que os imunizantes não funcionam

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Ao contrário do que muitos pensam, a vacina, na verdade, não impede a contaminação, mas diminui as chances de casos mais graves que possam levar à morte. Por isso é importante continuar tomando as doses indicadas e manter os cuidados para prevenir a infecção

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No Brasil, o recente aumento de casos de Covid-19 indica que estamos entrando em uma quarta onda da doença, especialmente devido à circulação de subvariantes mais transmissíveis da Ômicron

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Alguns dos principais sintomas da Covid-19 em vacinados são: tosse, coriza e congestão nasal, fadiga e letargia, dor de garganta, dor de cabeça, dor muscular, febre e espirros

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Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), os infectados são, em sua maioria, jovens. Além disso, segundo epidemiologistas da instituição, os casos não estão gerando hospitalizações, mas devem ser acompanhados

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A indicação continua sendo a mesma: ao apresentar alguns dos sintomas, é importante procurar uma unidade de saúde para realizar o teste da doença. Outra opção é recorrer ao autoteste da Covid, que pode ser encontrado em farmácias. Em caso de resultado positivo, manter o isolamento

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O autoteste é um exame rápido de antígeno que pode ser feito pela própria pessoa por meio da coleta do material no nariz com cotonete. O resultado sai de 15 a 20 minutos e é indicado para quem está apresentando os primeiros sintomas da doença

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Dados iniciais de um estudo feito nos Estados Unidos sobre as variantes BA.2.75.2, BQ.1.1 e XBB indicam que a nova geração de vacinas bivalentes é capaz de melhorar a resposta de anticorpos neutralizantes contra todas as subvariantes da Ômicron.

Novo vírus

O neurocientista Miguel Nicolelis sugere que a nova versão da XBB tem características tão distintas do coronavírus original – encontrado na China em 2019 – que poderia ser vista como um novo vírus. O cientista acredita que ela pode causar problemas em todo o mundo.

“A mensagem é clara. Rápido espalhamento das variantes XBB mostra que a pandemia não acabou de jeito nenhum. É preciso investir em novas vacinas porque as XBBs escapam da cobertura das atuais e não podemos dar sopa para o azar e baixar a guarda”, afirma Nicolelis, no Twitter.

Proteger contra XBB.1.5

As recomendações para prevenir a infecção pela XBB.1.5 e evitar a progressão para quadros graves são as mesmas para as demais cepas do coronavírus. Elas incluem:

  • Uso de máscara em ambientes fechados, aglomerados ou com má ventilação;
  • Vacinação contra a Covid-19;
  • Ventilar melhor os ambientes;
  • Tratar a infecção seguindo as orientações médicas.

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