metropoles.com

Voluntário do CVV conta o que aprendeu sobre a vida ouvindo pessoas

Há 22 anos, Gilson Moura presta apoio a pessoas que buscam o Centro de Valorização da Vida do DF durante crises emocionais

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles
CVV
1 de 1 CVV - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

“O Centro de Valorização da Vida é um canal para conversar, ser acolhido, compreendido e respeitado”, é assim que o psicopedagogo Gilson Moura de Aguiar, de 60 anos, apresenta a organização na qual atua como voluntário há 22 anos.

Criado em março de 1962, o CVV é um serviço de apoio emocional referência na prevenção ao suicídio e no atendimento de pessoas que estão passando por dificuldades. 

Gilson é o mais antigo entre os 46 voluntários do Distrito Federal. Atualmente como coordenador regional, ele é responsável por 11 dos 12o postos espalhados pelo país.

“Somos treinados para conversar e entender a dor do outro. As pessoas ligam porque estão sozinhas ou não querem conversar sobre seus problemas com a família. Elas acreditam no nosso trabalho e no sigilo do CVV”, explica Gilson.

 

Nesses 60 anos de existência, a entidade sem fins lucrativos já realizou mais de 40 milhões de atendimentos no Brasil. No último ano, em meio à pandemia, foram 3,5 milhões de acolhimentos.

O CVV possui 4,5 mil voluntários e oferece atendimento 24 horas por dia pelo telefone 188 (sem custo de ligação) ou pelo site www.cvv.org.br, por chat e e-mail. Durante a pandemia, os atendimentos presenciais foram suspensos.

6 imagens
Atualmente, ele é o coordenador regional da instituição
A instituição é a única do Brasil com número de emergência fornecido pelo Ministério da Saúde
Como atuante na instituição, ele doa tempo e atenção para quem deseja conversar de forma anônima, sigilosa e sem julgamentos ou críticas
Centro de Valorização da Vida (CVV) atende pessoas com ideação suicida no 188
A entidade tem como premissa a importância de conversar, entendendo que uma das características que definem e diferenciam o ser humano de outros animais é sua capacidade de dialogar
1 de 6

Gilson atua como voluntário no CVV há 22 anos

Hugo Barreto/Metrópoles
2 de 6

Atualmente, ele é o coordenador regional da instituição

Hugo Barreto/Metrópoles
3 de 6

A instituição é a única do Brasil com número de emergência fornecido pelo Ministério da Saúde

Hugo Barreto/Metrópoles
4 de 6

Como atuante na instituição, ele doa tempo e atenção para quem deseja conversar de forma anônima, sigilosa e sem julgamentos ou críticas

Hugo Barreto/Metrópoles
5 de 6

Centro de Valorização da Vida (CVV) atende pessoas com ideação suicida no 188

Hugo Barreto/Metrópoles
6 de 6

A entidade tem como premissa a importância de conversar, entendendo que uma das características que definem e diferenciam o ser humano de outros animais é sua capacidade de dialogar

Hugo Barreto/Metrópoles
1. Ajudar é muito gratificante 

Para o psicopedagogo, trabalhar como voluntário em uma organização de tamanha relevância no cenário nacional sempre foi um sonho. Antes de conhecer o CVV, ele já havia atuado em outras instituições de apoio.

“O exercício de se dedicar ao outro é gratificante. Ele me trouxe disciplina, compreensão, aceitação e respeito”, avalia o coordenador.

O trabalho do voluntário na instituição é doar seu tempo e atenção para quem deseja conversar de forma anônima, sigilosa e sem julgamentos ou críticas. Os atendentes também são treinados para promover ações de autoconhecimento.

2. Para dialogar, é preciso ter empatia

O atendimento realizado no Centro de Valorização da Vida é voltado para a vivência emocional das pessoas que precisam de apoio. “Eu não tenho como dimensionar a dor do outro, mas posso tentar me colocar no lugar da pessoa e entender aquilo pelo que ela está passando”, conta Gilson.

A entidade tem como premissa a importância de conversar, considerando que uma das características que definem e diferenciam o ser humano dos outros animais é a capacidade de dialogar. “Eu coloco o ouvido no meu coração para tentar sentir o mesmo que a outra pessoa”, acrescenta.

3. Desabafar alivia a dor 

Ao longo de tantos anos de voluntariado, Gilson revela que teve grandes ensinamentos, principalmente voltados para a responsabilidade, pois lidar com o sofrimento e a dor não não é tarefa fácil.

“Por meio de técnicas para facilitar o desabafo, fazemos com que a pessoa se sinta confortável e confiante para falar. Minha tarefa é dar forças para que ela possa enxergar o sofrimento e trabalhar em cima dele, incentivando uma atitude positiva diante daquilo que a incomoda”, diz. 

4. A vida não se resume a um momento

“Eu digo que o plantão do voluntário é uma caminhada entre duas pessoas que se conheceram. Você oferece as condições para a pessoa crescer e evoluir, sem criar dependência. Eu não sou superior a quem precisa de ajuda”, comenta ele.

No CVV, a abordagem está voltada para a pessoa que precisa de ajuda, não para a dor e o sofrimento que ela vive naquele momento. Por meio da valorização do ser humano, os voluntários dão ao outro a oportunidade de conversar e serem apoiados.

5. Quando há diálogo, tudo fica mais fácil 

Por fim, o psicopedagogo diz que a atividade voluntária o tornou uma pessoa mais disponível e aberta para ouvir os outros no dia a dia.

“As relações ficam mais fáceis de se levar. Eu sempre me coloco à disposição mesmo que a pessoa não precise“, relata Gilson. 

 

Saiba identificar sinais de que você precisa cuidar da saúde mental

12 imagens
Mas como saber quando buscar ajuda? A qualidade da saúde mental é determinada pela forma como lidamos com os sentimentos
Pessoas mentalmente saudáveis são capazes de lidar de forma equilibrada com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida. Porém, alguns sinais podem indicar quando a saúde mental não está boa. Confira
Insônia, depressão e estresse elevam risco de arritmia cardíaca pós-menopausa
Estresse: se a irritação é recorrente e nos leva a ter reações aumentadas frente a pequenos acontecimentos, o sinal vermelho deve ser acionado. Caso o estresse seja acompanhado de problemas para dormir, é hora de buscar ajuda
Além de fatores genéticos, a longevidade pode estar associada à quantidade de vezes que a pessoa ficou doente
1 de 12

Reconhecer as dificuldades e buscar ajuda especializada são as melhores maneiras de lidar com momentos nos quais a carga de estresse está alta

Getty Images
2 de 12

Mas como saber quando buscar ajuda? A qualidade da saúde mental é determinada pela forma como lidamos com os sentimentos

Getty Images
3 de 12

Pessoas mentalmente saudáveis são capazes de lidar de forma equilibrada com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida. Porém, alguns sinais podem indicar quando a saúde mental não está boa. Confira

Getty Images
4 de 12

Insônia, depressão e estresse elevam risco de arritmia cardíaca pós-menopausa

Getty Images
5 de 12

Estresse: se a irritação é recorrente e nos leva a ter reações aumentadas frente a pequenos acontecimentos, o sinal vermelho deve ser acionado. Caso o estresse seja acompanhado de problemas para dormir, é hora de buscar ajuda

Getty Images
6 de 12

Além de fatores genéticos, a longevidade pode estar associada à quantidade de vezes que a pessoa ficou doente

Getty Images
7 de 12

Lapsos de memória: se a pessoa começa a perceber que a memória está falhando no dia a dia com coisas muito simples é provável que esteja passando por um episódio de esgotamento mental

Getty Images
8 de 12

Alteração no apetite: na alimentação, a pessoa que come muito mais do que deve usa a comida como válvula de escape para aliviar a ansiedade. Já outras, perdem completamente o apetite

Getty Images
9 de 12

Autoestima baixa: outro sinal de alerta é a sensação de incapacidade, impotência e fragilidade. Nesse caso, é comum a pessoa se sentir menos importante e achar que ninguém se importa com ela

Getty Images
10 de 12

Desleixo com a higiene: uma das características da depressão é a perda da vontade de cuidar de si mesmo. A pessoa costuma estar com a higiene corporal comprometida e perde a vaidade

Getty Images
11 de 12

Sentimento contínuo de tristeza: ao contrário da tristeza, a depressão é um fenômeno interno, que não precisa de um acontecimento. A pessoa fica apática e não sente vontade de fazer nada

Getty Images
12 de 12

Para receber diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, é muito importante consultar um psiquiatra ou psicólogo. Assim que você perceber que não se sente tão bem como antes, procure um profissional para ajudá-lo a encontrar as causas para o seu desconforto

Getty Images

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?