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Suplementação de vitaminas B pode ajudar no tratamento de Parkinson

Pesquisadores sugerem que existe uma ligação entre o intestino e o cérebro que desempenha um papel no desenvolvimento do Parkinson

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Foto de stock de Pílulas de vitamina amarelas isoladas em um fundo branco
1 de 1 Foto de stock de Pílulas de vitamina amarelas isoladas em um fundo branco - Foto: Getty Images

Um estudo publicado na revista Nature em maio revelou que alguns microrganismos intestinais podem estar envolvidos no desenvolvimento da doença de Parkinson. Os pesquisadores descobriram que eles podem causar diminuição dos níveis de riboflavina (vitamina B2) e biotina (vitamina B7) e sugeriram que a suplementação com vitaminas B pode ser uma opção para ajudar no tratamento da doença.

“A suplementação de riboflavina e/ou biotina provavelmente será benéfica em um subconjunto de pacientes com Parkinson nos quais a disbiose intestinal (problema relacionado à microbiota) desempenha um papel fundamental”, escreve o pesquisador Hiroshi Nishiwaki, da Universidade de Nagoya, no Japão.

A doença neurodegenerativa afeta quase 10 milhões de pessoas em todo o mundo. Não existe cura, e os pacientes passam por terapias que retardam e aliviam os sintomas, que frequentemente começam com prisão de ventre e problemas de sono até 20 anos antes de progredirem para demência e perda do controle muscular.

Bactérias intestinais e vitaminas

Foram analisadas amostras fecais de 94 pacientes com doença de Parkinson e outras 73 de indivíduos relativamente saudáveis ​​do Japão. Os cientistas compararam os resultados com dados da China, Taiwan, Alemanha e EUA.

Embora diferentes grupos de bactérias estivessem envolvidos nos países avaliados, todos eles influenciaram as vias que sintetizam as vitaminas B no corpo. Os pesquisadores descobriram que as mudanças nas comunidades de bactérias intestinais em pessoas com Parkinson estavam associadas a uma diminuição da riboflavina e da biotina.

A pesquisa mostrou que a falta de vitaminas B estava ligada a uma diminuição nas moléculas que ajudam a criar uma camada de muco saudável no intestino. Com a proteção enfraquecida, o órgão fica exposto a um número maior de toxinas, que são encontradas com mais frequência atualmente (em produtos químicos de limpeza, pesticidas e herbicidas, por exemplo).

As toxinas levam ao aumento da inflamação do sistema nervoso e à superprodução de fibrilas de α-sinucleína – moléculas conhecidas por se acumularem em células produtoras de dopamina no cérebro, levando eventualmente aos sintomas motores e demência característicos do Parkinson.

A descoberta indica que manter uma microbiota intestinal saudável pode ser uma medida protetora, assim como a redução de poluentes tóxicos no ambiente.

No entanto, devido à complexidade dos eventos envolvidos no Parkinson, é provável que as causas variem entre os pacientes. Por isso, cada indivíduo precisaria ser avaliado de forma personalizada.

“Poderíamos realizar análises da microbiota intestinal ou de metabólitos fecais. Usando essas descobertas, poderíamos identificar indivíduos com deficiências específicas e administrar suplementos orais de riboflavina e biotina àqueles com níveis diminuídos, criando potencialmente um tratamento eficaz”, explica Nishiwak.

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