Foram analisadas informações de 294 mil britânicos que participam do UK Biobank, um banco de dados de pacientes do Reino Unido. Os pesquisadores repararam que pessoas com altos níveis de proteína C Reativa (PCR), que aumenta quando o corpo sofre inflamações, tinham baixas taxas de vitamina D.
A inflamação do organismo é um processo normal, usado não só para combater invasores mas também para desencadear processos importantes no funcionamento do corpo. Porém, quando em excesso, ela aumenta o risco de desenvolver doenças como a diabetes tipo 2 e problemas cardíacos.
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A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada
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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas
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A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
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Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
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A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
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Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta
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A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros
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Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento
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É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença
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Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco
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Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções
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O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)
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Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle
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Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão
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“A inflamação é a maneira que o corpo tem de proteger os tecidos que estão machucados ou têm uma infecção. As proteínas C Reativas são geradas no fígado em resposta à inflamação, então quando o estado é crônico, a substância estará em excesso”, explica, em comunicado à imprensa, o pesquisador Ang Zhou, responsável pelo estudo.
Ele afirma que estimular a produção de vitamina D ou suplementá-la em pacientes que têm deficiências pode reduzir a inflamação crônica, melhorando o quadro e evitando que o indivíduo desenvolva outras condições.
Os pesquisadores não sabem explicar exatamente qual é o papel da vitamina D nas inflamações, mas o estudo mostra que as duas coisas estão ligadas. A vitamina tem a produção estimulada principalmente pela exposição ao sol, mas também pode ser suplementada.
Os cientistas esperam que os resultados possam ajudar no tratamento de pessoas que sofram com inflamação crônica — segundo eles, a vitamina D pode ajudar a reverter o quadro. O estudo foi publicado na revista científica International Journal of Epidemiology.
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