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Vitamina D: novas diretrizes apoiam suplementação para evitar diabetes

A vitamina D desempenha um papel importante no controle metabólico da glicose, que tem relação direta com o desenvolvimento da diabetes

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Suplementos, vitamina D em capsulas na mão de uma pessoa em close
1 de 1 Suplementos, vitamina D em capsulas na mão de uma pessoa em close - Foto: Getty Images

Uma das novidades trazidas pelas novas diretrizes da Sociedade Americana de Endocrinologia sobre a suplementação de vitamina D é a recomendação de uso para pessoas com quadro de pré-diabetes. As evidências mostram que indivíduos com o quadro que antecede o diabetes podem se beneficiar da vitamina D.

De acordo com a endocrinologista Marise Lazaretti Castro, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a relação entre a vitamina D e a diabetes tem sido investigada há algum tempo, com estudos mostrando que pessoas com a doença metabólica tendem a apresentar níveis mais baixos do hormônio.

“A vitamina D é produzida quando estamos expostos ao sol, o que significa que pessoas doentes, que passam menos tempo ao ar livre ou têm menos disposição para atividades físicas, podem apresentar níveis mais baixos de vitamina D”, aponta.

Ela explica que era preciso demonstrar uma relação de causa e efeito para a indicação, e isso foi feito em estudos com pessoas pré-diabéticas. “Pacientes que costumam evoluir para diabetes foram suplementados com vitamina D e acompanhados por um período entre dois e três anos. Na revisão sistemática dos estudos, observou-se que a suplementação conseguiu reduzir em 15% a progressão para a doença”, detalha a médica.

A vitamina D desempenha um papel importante no controle metabólico da glicose, que tem relação direta com o desenvolvimento da diabetes. Segundo o endocrinologista Renato Zilli, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e do corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês, pessoas com pré-diabetes ou diabetes tipo 2 devem fazer a suplementação. “O nutriente pode ajudar no controle da glicose e na sensibilidade à insulina”, sugere.

Marise explica que as diretrizes apoiam uma suplementação empírica para pacientes pré-diabéticos, significa que, nesses casos, não há necessidade de realizar o exame 25-Hidroxivitamina no sangue para iniciar o uso.

“Para prevenir a diabetes, as doses necessárias de vitamina D são um pouco mais altas do que as recomendadas pelas tabelas nutricionais, que variam de 600 a 800 unidades. Em média, a dose recomendada fica entre 3.000 e 3.500 unidades por dia”, detalha.

É crucial pontuar que a suplementação não funciona sozinha, e deve estar alinhada com uma rotina de exercícios regulares e uma alimentação saudável.

Cuidados ao tomar vitamina D em excesso

Lançadas em junho deste ano, as novas diretrizes da Sociedade Americana de Endocrinologia foram elaboradas para evitar o uso indiscriminado de vitamina D, pois o hormônio estava sendo suplementado sem orientação adequada e até sem necessidade.

Mesmo que a vitamina D seja essencial para a saúde, o uso inadequado traz riscos significativos. O endocrinologista Renato Zilli alerta para os perigos da hipervitaminose D, condição causada pelo excesso do nutriente no organismo, que pode levar a níveis excessivos de cálcio no sangue (hipercalcemia).

Os sintomas da hipervitaminose D incluem náusea, vômito, fraqueza, confusão mental, perda de apetite e sede excessiva. Em casos graves, pode haver formação de cálculos renais e calcificação de tecidos moles, como os vasos sanguíneos e o coração.

O excesso de vitamina D também  pode causar alterações neuropsiquiátricas. “O aumento de cálcio no sangue pode resultar em sintomas como confusão mental, alterações de humor (como depressão e ansiedade), dificuldade de concentração e letargia. Em situações extremas, pode ocorrer delírio ou psicose”, pontua Renato.

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