metropoles.com

Vírus sincicial respiratório (VSR): por que casos estão crescendo

Os casos de VSR se concentram entre as crianças pequenas, com até 4 anos. A infecção pode levar a quadros graves de bronquiolite e pneumonia

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Getty Images
Imagem colorida: criança assoa o nariz - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida: criança assoa o nariz - Metrópoles - Foto: Getty Images

O vírus sincicial respiratório (VSR) é uma das principais causas de infecções respiratórias em crianças de todo o mundo nos primeiros anos de vida, sendo responsável por quadros graves de bronquiolite e pneumonia, que podem levar à morte.

Dados do Ministério da Saúde, atualizados na sexta-feira (12/5), mostram um aumento importante do número de casos de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por vírus respiratórios, incluindo o VRS.

“Entre os vírus respiratórios circulantes nesses períodos, destaca-se o VSR, o qual pode causar infecções nas vias respiratórias, principalmente em crianças. Por isso, o Ministério da Saúde alerta para prevenção e o diagnóstico precoce para evitar casos graves”, apontou a pasta em nota técnica.

Entre janeiro e março deste ano, foram registrados mais de 3 mil casos de SRAG provocadas pelo VSR no sistema de informação do Ministério da Saúde. As crianças menores de 4 anos são as principais vítimas do vírus, concentrando 94% dos casos do país.

Uma das explicações para este fenômeno é a falta de imunidade contra o vírus entre os nascidos durante a pandemia da Covid-19. Enquanto estavam em isolamento social, as crianças foram privadas do convívio em creches e escolas. Agora haveria maior circulação viral e um acúmulo de casos.

“As crianças que nunca tiveram contato com o vírus estão adoecendo agora”, explica o infectologista Marcelo Otsuka, vice-presidente do departamento de infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo e coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Otsuka também aponta como causa do aumento de infecções as condições climáticas, com a queda das temperaturas. “Temos o aumento da carga viral e maiores chances de casos mais sérios”, afirma.

Sazonalidade

A sazonalidade do vírus varia de acordo com a região, ocorrendo com mais frequência nos meses mais frios – entre o outono e o inverno –, mas pode haver circulação em outros períodos do ano, devido às diferenças geográficas e climáticas do país.

A região Sudeste conta a maior identificação de casos em 2023, seguido do Centro-Oeste e do Sul. “A tendência é que a maior circulação comece em março e se estenda por cinco meses, o período mais crítico da circulação do vírus”, explica Otsuka.

Sintomas

Após a infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR) é comum que os pacientes tenham sintomas como:

  • Tosse;
  • Coriza;
  • Nariz entupido;
  • Febre;
  • Perda do apetite e
  • Irritabilidade.

O Ministério da Saúde alerta que é importante ficar atento a outros sinais, como dificuldade para respirar, chiado no peito, cianose (coloração azulada da pele decorrente de oxigenação insuficiente do sangue), retração torácica, apneia e prostração. No aparecimento desses sintomas de alerta, a recomendação é procurar um serviço de saúde para atendimento de urgência.

O infectologista Marcelo Otsuka explica que o VSR pode apresentar um quadro de evolução rápida ou, eventualmente, até não causar sintomas. “Em geral, começa com tosse, coriza, febre baixa e evolui com desconforto respiratório, falta de ar e dificuldade para respirar, chegando ao pico entre o quinto e sétimo dia”, explica o especialista.

Prevenção

Ainda não há uma vacina aprovada no Brasil destinada à prevenção do VSR. As principais medidas de prevenção são distanciamento físico, etiqueta respiratória e higiene das mãos. Também é importante evitar o tabagismo passivo e não tocar olhos, nariz e boca.

Também é recomendado evitar expor crianças com menos de 2 anos a ambientes fechados e com aglomeração no período de maior sazonalidade da doença. As crianças com sintomas respiratórios não devem ir à escola ou creche.

No início de maio, a agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou a primeira vacina do mundo contra o VSR. O imunizante da farmacêutica GSK, chamado de Arexvy, é destinado apenas para pessoas com 60 anos ou mais, grupo altamente vulnerável à infecção respiratória.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?