Vini Jr: como funciona o teste de ancestralidade feito pelo jogador
Os testes de ancestralidade são vendidos por várias empresas, e sua principal finalidade é revelar as características genéticas da pessoa
atualizado
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O jogador Vini Jr, que simboliza a luta contra o racismo nos estádios de futebol, descobriu que seus ancestrais são de uma tribo de Camarões, na África.
A descoberta ocorreu após o atacante realizar um teste de DNA da empresa AfricanAncestry.com. A empresa norte-americana, segundo seu site institucional, tem um banco de dados de mais de 30 mil amostras de DNA africano.
Testes de ancestralidade
Os testes genéticos de ancestralidade são comercializados por várias empresas, e sua principal finalidade é revelar as origens geográficas e, por consequência, as características genéticas de uma pessoa.
Os testes revelam a linhagem paterna e materna, para o público masculino, e a linhagem materna para as mulheres. Isso porque o grupo paterno é definido pelo cromossomo Y, que não é herdado pelo sexo feminino.
O exame é útil para entender a composição genética, as características herdadas e as tendências a problemas de saúde.
Análise do DNA
O teste genético é muito simples, e pode ser feito até em casa. A pessoa usa um swab para coletar a secreção presente na parte de dentro da bochecha ou efetua um furo no dedo para colher uma pequena amostra de sangue.
O DNA é extraído das células dessa amostra e, em seguida, é sequenciado e analisado. A descrição do DNA da pessoa é comparada às informações cadastrados em bancos de dados que representam diversas populações.
A empresa brasileira Genera faz exames semelhantes aos da AfricanAncestry.com. Entre as vantagens destacadas pela Genera estão cálculos personalizados de risco para diabetes tipo 2, doença arterial coronariana, doença renal crônica, doenças cardiovasculares, intolerância à lactose e obesidade.
“O teste genético personalizado para a população afrodescendente traz, junto aos resultados de ancestralidade, saúde e bem-estar, o painel DNAfro, com relatórios sobre as principais predisposições e características genéticas com foco em populações africanas e afrodescendentes e que podem interferir na saúde agora e no futuro”, aponta o médico Ricardo di Lazzaro, médico especializado em genética e cofundador da Genera.
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