Vídeo mostra proteína capaz de impedir infecção pelo coronavírus
Lectina se acopla à proteína S, usada pelo vírus para invadir células, antes que se ligue às unidades
atualizado
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Para invadir células e se reproduzir dentro do organismo humano, o coronavírus usa a proteína spike, conhecida também como S. Cientistas da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, descobriram uma proteína capaz de evitar essa ligação: a lectina. A pesquisa foi publicada em versão pré-print, ou seja, ainda não foi revisada pela comunidade científica.
Josef Penninger, um dos responsáveis pela pesquisa, conta que a equipe criou uma espécie de biblioteca com vários tipos de lectina, e duas delas têm alto potencial de ligação com a proteína S. Elas congestionariam a spike impossibilitando o encaixe com as células humanas.
“Nossa ideia é aproveitar essa propriedade para desenvolver um medicamento contra a Covid-19”, explica o pesquisador, em comunicado.
Confira:
Há várias drogas sendo desenvolvidas para atuar exatamente na proteína S, evitando que o vírus consiga infectar a célula e se reproduzir. Os cientistas acreditam que, mesmo com as mutações sofridas na spike das variantes, é possível que a lectina seja eficaz.
A relação só foi feita depois da criação de um vídeo, que mostra o formato da proteína S. Nas imagens é possível ver a proteína spike rodeada de lectinas (pequenos pontinhos).
Entenda, na galeria, como funcionam as variantes: