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Vídeo com diretor da OMS falando que vacina “mata” criança assusta; entidade alega fala fora de contexto

O diretor da entidade, que é da Etiópia, errou a pronúncia da palavra “criança” em inglês, e vídeo foi tirado de contexto

atualizado

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reprodução Twitter Organização Mundial da Saúde
retrato doutor tedros da oms, colorido
1 de 1 retrato doutor tedros da oms, colorido - Foto: reprodução Twitter Organização Mundial da Saúde

Na última semana, um vídeo que mostra o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) falando que vacinas “matam crianças” tem circulado nas redes sociais. As imagens foram retiradas de uma entrevista coletiva concedida em 20/12 a jornalistas da imprensa internacional em Genebra, na Suíça, e têm sido compartilhadas dentro e fora do Brasil.

Na entrevista, Tedros Adhanom Ghebreyesus falava sobre a aplicação do reforço da vacina em pessoas que já tomaram duas doses e não estão nos grupos de risco, ou em crianças. A OMS defende que é mais importante usar as vacinas para imunizar indivíduos que não tomaram nem uma dose e vivem em países de baixa renda, como os profissionais de saúde africanos, do que aplicar as injeções em menores de idade, que têm menos risco de doença grave, hospitalização e morte.

O vídeo corta parte da fala do diretor-geral. Veja:

 

O diretor, que é da Etiópia, tem bastante sotaque e parece errar ao falar a palavra “children” (que significa crianças, em inglês), e o som saiu como “kil” ao invés de “chil”. Ele imediatamente continua com a pronúncia correta. O erro soa como “kill children” (matar crianças, em português). À BBC Internacional, um porta-voz da OMS afirma que o diretor-geral gaguejou na primeira sílaba da palavra. “Ele repetiu a mesma sílaba, e saiu ‘cil-children’. Qualquer interpretação diferente dessa é 100% incorreta”, diz a fonte.

Veja a fala completa do diretor:

Em nota enviada a agências internacionais, a entidade afirma que o vídeo que circula nas redes sociais e questiona a segurança das vacinas para crianças está “completamente e falsamente fora de contexto”, e que a intenção de Ghebreyesus era dizer que “se o reforço for usado, é melhor que o foco seja naqueles grupos que têm risco da forma grave da doença ou morte, em vez de, como estamos vendo, alguns países dando reforço para crianças, o que não é correto”.

O posicionamento oficial da OMS sobre a imunização de crianças é que as vacinas aprovadas para este público se mostraram seguras e eficazes, com resultados semelhantes aos encontrados em adultos. Porém, como as crianças não são consideradas grupo de risco, a entidade acredita que as doses devem ser distribuídas com prioridade para países onde profissionais de saúde e idosos ainda não receberam nem a primeira dose.

A íntegra do áudio e a transcrição completa da entrevista coletiva podem ser acessadas no site da OMS. A parte polêmica é a partir do minuto 26’44”.

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