Vida normal só no fim de 2021, diz criador da vacina Pfizer/BioNTech
Ugur Sahin, CEO da BioNTech, prevê que vacinação em massa da população mundial só ocorra em setembro do ano que vem
atualizado
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O anúncio de que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer em parceria com a BioNTech tem eficácia superior a 90% aumentou a confiança da população de que o final da pandemia está próximo. No entanto, a vida só deve voltar ao normal a partir de dezembro de 2021, afirmou o CEO e co-fundador da BioNTech, Ugur Sahin.
Em entrevista ao programa Andrew Marr Show da BBC One, Sahin disse que a vacina terá um impacto significativo durante o verão europeu, que começa em junho, mas a vida de populações de todo o mundo só deve se normalizar daqui a um ano.
As empresas já anunciaram que têm capacidade de produzir cerca de 1,3 bilhão de doses da vacina até o fim de 2021 – sendo 50 milhões até dezembro deste ano. A meta, segundo Sahin, é entregar mais de 300 milhões de vacinas em todo o mundo até abril.
Ele acredita que é crucial conseguir altas taxas de vacinação até setembro do ano que vem para evitar o aumento de novos casos entre o outono e o inverno do hemisfério norte. “O verão vai nos ajudar porque a taxa de infecção cai. O que é absolutamente essencial é que tenhamos uma alta taxa de vacinação até ou antes do outono ou inverno do próximo ano”, completou.
Resultados promissores
Na última segunda-feira (9/11), Pfizer e BioNTech anunciaram que sua candidata a vacina mostrou eficácia de 90% na prevenção da Covid-19 em resultados iniciais dos testes clínicos de fase 3. ]
Os ensaios clínicos contam com 43,5 mil pessoas em seis países, entre eles o Brasil, onde 2 mil voluntários participam. Para que a vacina comece a ser distribuída, a pesquisa precisa ser concluída e a autorização, solicitada aos órgãos reguladores.