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Viagra está sendo testado para ajudar em partos. Entenda

De acordo com novo estudo, remédio pode ser a chave para evitar horas de sofrimento e cesarianas de emergência

atualizado

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Veronika Richardson/ Divulgação
Imagem em preto e branco mostra barriga de mulher com a cicatriz da cesariana e os pés de um recém-nascido
1 de 1 Imagem em preto e branco mostra barriga de mulher com a cicatriz da cesariana e os pés de um recém-nascido - Foto: Veronika Richardson/ Divulgação

Pode parecer estranho, mas uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Mater, em Queensland, mostrou uma redução de 50% nos partos de emergência em mulheres que tomam sildenafil, também conhecido como viagra, nos estágios iniciais do trabalho de parto.

Durante o parto, o fluxo sanguíneo para o feto pode diminuir em 60%, o que, muitas vezes, obriga as gestantes a passarem por cesarianas perigosas e traumáticas.

De acordo com o professor Sailesh Kumar, o medicamento para disfunção erétil aumenta o fluxo sanguíneo na pelve de homens e mulheres, podendo fazer o mesmo no útero e na placenta durante o trabalho de parto.

“O aumento do fluxo sanguíneo melhora o transporte de oxigênio e nutrientes para o bebê e isso pode reduzir o risco do recém-nascido ficar angustiado durante o trabalho de parto. Se o fluxo não for restaurado, o fluxo de oxigênio para o cérebro do bebê pode ficar comprometido e resultar em problemas de saúde, como paralisia cerebral”, afirmou Kumar, em entrevista à imprensa.

Os resultados, apesar de preliminares, mostram uma diminuição nas cesarianas de emergência quando a gestante é medicada com o sildenafil. O viagra reduziu pela metade três números importantes: o de mulheres que precisaram passar por cesarianas de emergência, a necessidade de uso de fórceps na realização dos partos e o tempo gasto nas fases finais do trabalho dos nascimentos.

No ano passado, um estudo semelhante na Holanda deu às mulheres doses mais altas do medicamento no início da gravidez. A pesquisa foi abandonada depois que 11 bebês morreram de problemas pulmonares.

Por enquanto, o estudo de Queensland foi interrompido para que os pesquisadores reúnam mais informações sobre o acontecimento holandês. Mesmo assim, Kumar disse que existem diferenças entre os dois estudos e que até agora não viu nenhum efeito colateral.

Duzentas e trinta mulheres participaram do estudo. Outras 200 serão recrutadas no próximo ano. (Com informações do Daily Mail)

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