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Vem aí: cientistas preparam anticoncepcional masculino injetável

Pesquisadores indianos testam injeção que impede chegada do esperma ao pênis. Efeitos do medicamento seriam de 13 anos

atualizado

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ilustração de espermatozoides
1 de 1 ilustração de espermatozoides - Foto: iStock

Cientistas do Conselho Indiano de Pesquisa Médica têm uma boa notícia sobre planejamento familiar: o primeiro anticoncepcional masculino pode estar disponível em apenas seis meses. Após a finalização dos primeiros testes clínicos, eles esperam a aprovação dos órgãos de fiscalização de medicamentos do país para que o produto comece a ser comercializado.

O remédio idealizado pelos pesquisadores é uma injeção que será administrada nos testículos do paciente, que estará sob anestesia. O medicamento impedirá a produção de espermatozoides. Diferentemente dos anticoncepcionais femininos, que precisam ser tomados regularmente, a versão contraceptiva para homens terá 13 anos de duração.

A ideia é que o material sintético contido nas injeções bloqueie o tubo que forneceria esperma ao pênis. O polímero, conhecido como inibição reversível do espermatozoide sob orientação (RISUG, na sigla em inglês), é injetado no ducto deferente, túbulo que entrega o esperma dos testículos ao pênis, onde é liberado na ejaculação.

Caso seja bem-sucedida, a droga será a primeira desse tipo em todo o mundo. As pesquisas para o desenvolvimento do remédio já passaram por três rodadas de ensaios clínicos e envolveram 303 participantes. De acordo com os pesquisadores, o novo anticoncepcional injetável demonstrou 97,3% de eficácia e não causou efeitos colaterais.

Nos Estados Unidos, os contraceptivos masculinos chegaram à fase de testes clínicos, porém foram cancelados devido aos efeitos colaterais relatados pelos homens. Curiosamente, os efeitos adversos são semelhantes aos causados pelos anticoncepcionais femininos: manchas, sangramento, ganho de peso, alterações de humor, náusea, acne, inchaço e sensibilidade nas mamas. (Com informações do portal Daily Mail)

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