Velocidade da caminhada importa mais que a distância, sugere estudo
Pesquisa mostrou que caminhar em uma velocidade maior que 4 km/h leva a uma redução do risco de desenvolver diabetes tipo 2
atualizado
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Se você quer ser uma pessoa saudável, além de adicionar mais passos à sua caminhada diária você deveria pensar na velocidade da atividade. Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, apontou que a rapidez com que andamos é determinante para manter um bom funcionamento do organismo e tornar a caminhada um exercício realmente eficaz.
A investigação apontou que a velocidade média ideal para caminhar deve ser superior a 4km/h, rapidez que seria suficiente para reduzir os riscos de desenvolver diabetes tipo 2.
Os resultados ainda sugerem que cada 1 km/h adicionado à velocidade média diminui as chances de ter a doença metabólica em mais 9%. Ou seja, quanto mais rápido, melhor.
Como foi feita a pesquisa?
A pesquisa foi publicada no British Journal of Sports Medicine em novembro de 2023. O levantamento coletou dados de outros dez estudos sobre a efetividade da caminhada como exercício físico no combate à diabetes — somadas, as investigações feitas entre 1999 e 2022 analisaram informações de mais de 500 mil pessoas ao longo de no mínimo três anos.
Ao comparar os resultados, os pesquisadores de Massachusetts concluíram que caminhar a uma média de 4 km/h na esteira reduzia em 15% os riscos da doença em relação a quem tinha andado em velocidades inferiores, independente do tempo gasto na atividade.
Como a velocidade atua na caminhada?
Para os investigadores, a explicação é que a velocidade média mais elevada está associada a uma maior exigência cardiorespiratória e de força muscular das pernas. Somada à perda de peso desencadeada pelo exercício, isso levaria a um melhor funcionamento da insulina produzida pelo corpo.
“Embora as estratégias atuais para aumentar a duração das caminhadas sejam importantes, também pode ser razoável encorajar as pessoas a caminhar em velocidades mais rápidas para aumentar ainda mais os benefícios para a saúde”, concluem os pesquisadores no texto.
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