Ele descobriu os sintomas ao sentir dores ao urinar e, segundo as informações médicas disponíveis, o tumor é pequeno e está localizado. A internação teria sido planejada para permitir maior supervisão durante o tratamento médico, seria uma precaução devido à idade avançada do líder religioso.
As estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) são de cerca de 11 mil novos casos de câncer de bexiga por ano no Brasil, provocando cerca de 5 mil óbitos. Ignorar os sinais que o corpo dá pode atrasar o diagnóstico, diminuindo as chances de cura.
Além de ser mais prevalente em pessoas acima dos 65 anos, o câncer de bexiga é mais comum em fumantes. “Quase metade dos pacientes com esse tipo de neoplasia têm um histórico importante de tabagismo no passado ou são fumantes ativos no momento do diagnóstico”, explica o cirurgião oncológico Leandro Carvalho Ribeiro, professor de medicina da Universidade Positivo.
Isso ocorre por que as células que cobrem o interior da bexiga são especialmente sensíveis a mudanças quando são expostas ao efeito da nicotina e de substâncias presentes na composição do cigarro.
Além do tabagismo, outros fatores também podem causar esse tipo de câncer, tais como a exposição a compostos químicos (aminas aromáticas, agrotóxicos, entre outros). O histórico familiar da doença e a ocorrência frequente de infecções crônicas também aumentam o risco.
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O câncer de bexiga atinge as células que cobrem o órgão e é classificado de acordo com a partícula que sofreu alteração. O tumor pode atingir três tipos de células: de transição, escamosas e glandulares
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O carcinoma de células de transição representa a maioria dos casos e começa nas células do tecido mais interno da bexiga. Já o câncer de células escamosas afeta as partículas delgadas e planas que podem surgir na bexiga depois de infecção ou irritação prolongadas
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Por fim, o adenocarcinoma se inicia nas células glandulares que podem se formar na bexiga depois de um longo tempo de irritação ou inflamação
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A Sociedade Americana de Câncer estima que a doença representa mais de 90% de todos os tumores uroteliais. A doença é considerada o nono tipo de câncer mais comum no mundo, com aproximadamente 550 mil novos casos ao ano
Davidyson Damasceno/Iges-DF
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Segundo o Instituto Nacional de Câncer, ligado ao Ministério da Saúde, cerca de 10,6 mil casos deste tipo de tumor são diagnosticados por ano no Brasil. Homens brancos e de idade avançada formam o grupo com maior probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer
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No Brasil, é classificado como um dos tumores mais comuns do sistema urinário, ocupando sexta posição entre os mais incidentes em homens
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Entre 50% e 70% dos casos estão relacionados ao tabagismo. A exposição contínua a alguns compostos químicos como petróleo e tinta também constitui fator de risco para o câncer na bexiga
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Sangue na urina, dor durante o ato de urinar e necessidade frequente de urinar, mas sem conseguir fazê-lo, podem ser sinais de alerta de diferentes doenças do aparelho urinário, inclusive do câncer de bexiga
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O diagnóstico do câncer de bexiga pode ser feito por exames de urina e de imagem, como tomografia computadorizada e citoscopia. A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor em fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento
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As opções de tratamento vão depender do grau de evolução do câncer. A cirurgia pode ser de três tipos: ressecção transuretral (quando o médico remove o tumor por via uretral), cistotectomia parcial (retirada de uma parte da bexiga) ou cistotectomia radical (remoção completa da bexiga, com a posterior construção de um novo órgão para armazenar a urina)
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Outra alternativa é a radioterapia, que pode ser adotada nos tumores mais agressivos como técnica para tentar preservar a bexiga. A quimioterapia e a imunoterapia com vacina BCG também podem ser prescritas durante o tratamento
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De acordo com a Sociedade Americana de Câncer (ACS, da sigla em inglês), se o tumor é invasivo, mas ainda não se espalhou para fora da bexiga, a taxa de sobrevida em cinco anos é de 69%
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Caso a doença se estenda da bexiga até o tecido circundante ou se espalhe para os linfonodos ou órgãos próximos, a taxa de sobrevida de cinco anos cai para 35%
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Se o câncer se espalhar para partes distantes do corpo, a taxa de sobrevida em cinco anos é de apenas 5%. Cerca de 4% das pessoas são diagnosticadas nesta última fase
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Quais os sintomas de câncer de bexiga?
A dor e o desconforto no ato de urinar costumam ser os principais sinais de alerta para o câncer de bexiga. Além deles, podem aparecer sangue na urina e necessidade frequente de urinar.
Quando descoberto inicialmente, a chance de sobrevida é acima de 80%. O problema é que, muitas vezes, os sintomas são negligenciados pelos pacientes e a doença só é descoberta quando o tumor se espalha para outras regiões do organismo.
“É preciso observar a urina e ver se há presença de sangue. Além disso, atentar-se à dor ou queimação na hora de urinar e à mudanças nos hábitos urinários, tanto em relação ao fluxo, como na vontade de urinar mesmo com a bexiga vazia, e o aumento na frequência de idas ao banheiro”, explicou o oncologista Paulo Lages, da rede de clínicas Oncovida, em entrevista anterior ao Metrópoles.
Quando a doença é localizada, como é o caso do médium, o tratamento do câncer de bexiga costuma ser feito prioritariamente por cirurgia. O procedimento é realizado através da uretra com a raspagem das células cancerígenas e a aplicação, diretamente no órgão, de medicamentos que estimulam o organismo a combater as células cancerosas.
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