1 de 1 Criança máscara coronavíus
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Há aproximadamente dois anos, pessoas de todo o mundo precisaram aprender a conviver com as máscaras para se proteger contra a Covid-19. Os mais variados modelos caíram no gosto popular: de pano, cirúrgica, N95 e até as polêmicas feitas em crochê e de acrílico.
Estudos comprovaram que a combinação entre o tipo de máscara usada e o tempo de permanência no mesmo ambiente que uma pessoa infectada é crucial para evitar infecções.
Dados da Conferência Americana de Higienistas Industriais Governamentais (ACGIH) (no gráfico abaixo) mostraram que, no último ano, o vírus leva cerca de 15 minutos para infectar uma pessoa saudável em contato com uma doente quando as duas estão sem máscara, frente a frente, a uma distância inferior a dois metros.
“Se há uma carga viral alta, com uma variante que transmite mais, então esse tempo pode ser reduzido”, afirma a infectologista Ana Helena Germoglio.
Veja o tempo médio que o coronavírus leva para infectar pessoas com diferentes modelos de máscaras:
Modelo da máscara
Para ser considerada segura, a máscara deve ser suficiente para evitar que o vírus entre em contato com as mucosas do rosto. O modelo N95 se destaca: “Além do poder de barreira, ele tem uma capacidade de filtração muito maior que a máscara de pano ou a cirúrgica”, explica a médica.
O item, que é referência, consegue filtrar até 98% das partículas de aerossol, as partículas mais leves, que têm a capacidade de ficar suspensas no ar por mais tempo. Quando um paciente da Covid-19 usa a N95 próximo a uma saudável, sem máscara (e vice-versa), o tempo médio de infecção sobe de 15 minutos para 2,5 horas.
O maior desafio das máscaras de pano é garantir a qualidade dos diferentes modelos comercializados. Dependendo do tecido usado, a capacidade de filtração pode cair para apenas 15%. Quanto mais aberta é a trama da máscara, mais ela permite que o vírus ultrapasse.
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação
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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível
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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano
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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta
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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante
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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa
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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente
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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde
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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas
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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados
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“Visivelmente, ela pode não parecer tão aberta mas, com o passar do tempo, o uso e a lavagem, mais a trama da máscara vai abrindo e permitindo a passagem do vírus”, explica a especialista. Ela alerta que, entre as máscaras de pano, as de crochê e de tricô não podem ser utilizadas em “hipótese alguma.
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