DF: alunos de eletrônica criam cadeira de rodas motorizada low cost
Estudantes da Escola Técnica de Brasília fizeram uma cadeira de rodas motorizada a partir da ideia de tornar o produto mais acessível
atualizado
Compartilhar notícia
Foi pensando na acessibilidade e praticidade dos cadeirantes que um grupo de estudantes do Distrito Federal decidiu confeccionar, no projeto de conclusão do Curso Técnico em Eletrônica da Escola Técnica de Brasília, uma cadeira de rodas motorizada, portátil e de baixo custo. O produto com motor, que no mercado pode chegar a 20 mil reais, foi avaliado em 3,8 mil reais.
“O tema do nosso Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) era ‘automatização’ e lembrei de um amigo que queria muito ter uma cadeira de rodas motorizada. Entretanto, ele reclamava sempre do preço, pensava no peso que ela teria e a logística para transportá-la, por exemplo, no porta-malas de um carro”, afirma Pedro Carneiro, um dos alunos da responsáveis pelo projeto. Além de Pedro, fazem parte da criação da cadeira Laio Eduardo, Guilherme Barros, Antônio José e Johnatan Soares.
A ideia de criar uma cadeira de rodas low cost veio em setembro de 2023. O grupo passou a trabalhar no projeto em outubro e terminou em dezembro. “O Johnatan já trabalhava com motores elétricos. Então, juntamos o útil ao agradável e criamos o nosso próprio protótipo. Chamamos de cadeira automatizada”, conta Laio.
Eles usaram o motor de um skate elétrico, pneus de bicicleta off-road, uma cadeira de rodas convencional doada, um joystick de Nintendo e uma placa de comando de hoverboard para montar a cadeira. O grupo produziu a própria bateria, que dura 24 horas, com lítio, material mais leve em relação ao cobre usado nas versões tradicionais.
A cadeira suporta pessoas de até 120 kg e pode chegar a 40 km/h — mas, com a adaptação de limite de velocidade, chega a 15 km/h. Além disso, ela é dobrável e leve. O objetivo era que a cadeira motorizada fosse um produto portátil.
Planos para a cadeira de rodas
O projeto não só foi aprovado no TCC, como também conseguiu o primeiro lugar na feira ETBmix de Tecnologia, Ciência e Arte.
“O próximo passo é tornar ela ainda mais adaptável. A partir desse protótipo, queremos produzir um kit para motorizar qualquer cadeira, pois existem vários tipos de assento sobre rodas, cada um com sua estrutura. Comercializar o kit seria mais prático”, conta Laio.
O grupo brasiliense procura, agora, investidores para tirar os planos do papel.
Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!