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Veja a lista dos emagrecedores naturais proibidos pela Anvisa

Agência reguladora alerta sobre os riscos envolvidos no consumo de produtos que não possuem registro sanitário

atualizado

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Cápsulas de suplemento
1 de 1 Cápsulas de suplemento - Foto: Pexels

Com a popularização do e-commerce no Brasil, é possível encontrar quase qualquer coisa à venda na internet. Entre milhares de objetos inofensivos, estão também chás, cápsulas e xaropes que prometem emagrecimento rápido e sem exercício físico, se apoiando em uma série de ervas naturais que parecem não fazer mal, mas podem causar problemas graves de saúde.

O assunto veio à tona após a morte da enfermeira Mara Abreu, que consumiu o composto “50 Ervas” e sofreu uma hepatite fulminante. Ela conseguiu um órgão para transplante de emergência, mas seu corpo rejeitou o novo fígado e a paulista não resistiu. O produto está na lista de remédios proibidos pela Anvisa desde 2020.

A agência alerta que qualquer produto com propriedades terapêuticas precisa ser autorizado pela agência antes de ser comercializado no Brasil, e sua venda só pode acontecer em farmácias e drogarias — mesmo se o remédio for natural, feito à base de ervas.

“Desconfie de produtos com promessas milagrosas, que prometem emagrecimento fácil ou qualquer outro tipo de ação de tratamento, cura ou prevenção de doenças. Todo produto com ação terapêutica precisa estar regularizado na Anvisa como medicamento”, diz o órgão, em nota.

Veja a lista completa dos produtos proibidos pela agência:

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Sobrecarga do fígado

Mesmo sendo um composto natural, esse tipo de fórmula pode ser perigosa para o organismo e causar diversos problemas de saúde. A mistura de algumas ervas pode ser tóxica e a falta de controle sobre o que está dentro da embalagem é perigosa, uma vez que não há segurança sobre a quantidade ingerida de cada um dos ingredientes.

Nas cápsulas com 30, 50 ervas, muitas substâncias têm as mesmas funções, e o fígado e os rins podem acabar sobrecarregados na tentativa de absorver os nutrientes.

A nutricionista do Metrópoles, Thaíz Brito, conta que a fórmula consumida pela enfermeira continha sene, que é uma substância laxante e cujo uso indiscriminado pode levar à desidratação, perda de nutrientes, desequilíbrio hidroeletrolítico e até a problemas cardíacos.

Outra erva que faz parte da composição do produto é o chá verde: a folha é muito conhecida pelos efeitos benéficos para a saúde mas, em excesso, pode causar problemas. “O chá verde altera o ritmo cardíaco e não deve ser consumido por pacientes com problemas renais. Ele também tem cafeína, que funciona como um estimulante e pode desencadear quadros de ansiedade em pessoas com pré-disposição à doença”, ensina a nutricionista.

Outro risco associado ao consumo de compostos naturais como o ingerido pela enfermeira é a produção de ácido gástrico em excesso, que pode atacar a mucosa do estômago. O efeito no fígado, que provocou a falência do órgão da enfermeira, é decorrente de uma carga excessiva de catequina não metabolizada.

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