Médicos revelam sete dicas para evitar os impactos do calor intenso
Várias cidades pelo país bateram recordes de calor. Especialistas alertam dos perigos de enfrentar insolação, desidratação, entre outros
atualizado
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A onda de calor que assolou o Brasil neste fim de semana subiu os termômetros de várias capitais do país. O aumento de temperatura, entretanto, pode exigir muito do corpo humano e por isso é importante ficar atento a insolação, desidratação e problemas circulatórios. Em alguns casos, o calor pode levar até a quadros de hipertermia, um colapso do organismo pela alta temperatura, que pode até matar.
Segundo o Ministério da Saúde, crianças e idosos são os mais sucetíveis aos efeitos do calor e por isso essas faixas etárias merecem ser observadas com atenção.
“O calor aumenta a produção de suor e, consequentemente, o corpo perde muito líquido e sais minerais levando a maior risco de fraqueza e de desidratação. Além disso, as altas temperaturas causam uma vasodilatação, exigindo que o coração tenha de fazer mais esforço para bombear o sangue para a periferia”, afirma a endocrinologista Deborah Beranger.
Os impactos do calor intenso no sistema circulatório e na pele podem ser duradouras. A vasodilatação, por exemplo, pode acelerar o aparecimento de varizes e aumentar o risco de trombose.
Além disso, as pessoas tendem a passar mais tempo ao ar livre quando as temperaturas estão altas. “Por isso, é preciso fazer uma proteção adequada, para não provocar o aparecimento de câncer de pele”, aconselha a dermatologista Cintia Guedes.
Confira as dicas das duas especialistas para redobrar os cuidados com a saúde no período do calor:
Mantenha-se hidratado
A hidratação é o principal cuidado necessário quando as temperaturas sobem. A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que adultos saudáveis consumam em média dois litros de água por dia. O Ministério da Saúde, em seus cuidados recomendados, alerta que recém-nascidos, crianças, idosos e pessoas com alguma comorbidade podem não sentir sede ou não saber comunicar a sensação de sede, por isso é importante oferecer água a eles.
Evite bebidas alcoólicas
O álcool, apesar de refrescante por geralmente ser acompanhado de gelo, pode contribuir com a desidratação do corpo por retirar moléculas de água do sistema digestivo. Além disso, refeições muito condimentadas e com muito sal podem contribuir para esse desequilíbrio mineral do corpo.
Cuidado com o ar-condicionado
O ar-condicionado é uma ótima maneira de resfriar o ambiente, mas o aparelho pode diminuir a umidade de forma excessiva. É importante manter umidificadores próximos, toalhas molhadas ou baldes de água. Também é preciso manter a pele bem hidratada.
Proteja a pele
Com as altas temperaturas, devemos redobrar os cuidados com a fotoproteção para prevenir os danos causados pela radiação solar. “O protetor solar deve ser reaplicado a cada 3 horas, mas, caso você entre em contato com a água ou transpire excessivamente, o ideal é que o produto seja reaplicado antes desse período”, explica a dermatologista Cintia Guedes.
Use roupas leves
O melhor é dar preferência a roupas feitas à base de tecidos naturais, como o algodão, que permite a absorção do suor e facilita a ventilação, conferindo mais conforto. Cores claras também ajudam a acumular menos energia luminosa que se converte em calor.
Reduza a exposição ao sol
Embora no calor a vontade de ficar ao ar livre seja grande, é importante ter cuidado com o sol e usar barreiras como guarda-sol para evitar o impacto direto da radiação solar na pele. Este contato do sol forte, especialmente de 10h às 16h, aumenta o risco de lesionar as células da pele, aumentando até o risco de câncer.
Atente-se aos sinais do seu corpo
Preste atenção aos sintomas de problemas comuns durante as altas temperaturas, como a desidratação, que inclui a cor forte na urina e o ressecamento dos lábios. Além disso, a insolação dá seus sinais. Segundo a endocrinologista Deborah Beranger, febre, fraqueza e vômito, além de queimaduras na pele, são sintomas deste quadro. Nestes casos, é preciso procurar um médico.
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