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Veja 4 razões pelas quais você deve evitar a automedicação

O uso contínuo de analgésicos e anti-inflamatórios pode colocar a saúde em risco. Especialistas explicam quando isso ocorre

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Pessoa segurando remédios- Metrópoles
1 de 1 Pessoa segurando remédios- Metrópoles - Foto: Getty Images

Sete em cada dez brasileiros se automedica. A maioria dos remédios ingeridos têm como objetivo tratar dores de cabeça, alergias e inflamações. No entanto, o uso diário ou excessivo desses fármacos pode resultar em efeitos adversos e, inclusive, colocar a vida em risco.

De acordo com Sarah Jarvis, diretora clínica do site Patient.info, os riscos associados a analgésicos como ibuprofeno são muito bem documentados.

“Para a maior parte das pessoas, tomar pequenas doses por pouco tempo está associado com poucas chances de ter efeitos colaterais”, ela disse ao jornal The Sun. “Quando vemos problemas acontecerem, é porque tomaram uma dose muito alta ou estenderam o uso do medicamento ao longo de semanas ou meses. Geralmente, cometem os dois erros ao mesmo tempo”, afirmou.

Veja os principais efeitos colaterais da automedicação:

1. Zumbido no ouvido

Tinnitus é o termo médico para descrever a presença de zumbidos no ouvido. Analgésicos populares como ibuprofeno, paracetamol e aspirina já foram associados a um aumento de 20% para as chances de desenvolver a condição. Embora esses medicamentos estejam disponíveis nas prateleiras das farmácias sem prescrição, eles são fármacos que produzem efeitos colaterais.

“Eles claramente geram benefícios quando usados a curto prazo. Entretanto, o uso frequente e por muito tempo pode aumentar o risco de zumbido e causar outros efeitos adversos à saúde. Por isso, é importante limitar a ingestão deles o máximo possível”, explicou a clínica geral Sharon Curhan, ao veículo inglês.

2. Comportamento

Uma série de estudos conduzidos nos Estados Unidos verificou que o uso do paracetamol pode levar as pessoas a adotarem comportamentos arriscados, pois a substância limitaria a compreensão da noção de perigo.

O princípio ativo está presente no Tylenol e no Ibuprofeno. Segundo os especialistas responsáveis pelos estudos, os voluntários que tomaram pílulas com paracetamol eram mais suscetíveis a considerarem atividades como o bungee jumping, quando comparados a quem ingeriu uma pílula com placebo.

3. Dor nas costas

A maior parte das pessoas que sofre de dores nas costas costuma tomar anti-inflamatórios para aliviar os sintomas. No entanto, pesquisas mostram que o uso frequente desses medicamentos pode ter efeito contrário, acentuando a dor. Pílulas de Ibuprofeno, Aspirina e Naproxeno foram estudadas por cientistas canadenses, que comprovaram os efeitos desses analgésicos somente durante um curto intervalo de tempo.

Os médicos que conduziram o estudo também verificaram que esses comprimidos podem aumentar o risco de problemas gastrointestinais em 2,5 vezes.

4. Problemas cardíacos

Pessoas que ingerem analgésicos regularmente aumentam os riscos de complicações cardíacas e até mesmo infarto. A aspirina foi relacionada ao crescimento de 26% de problemas cardíacos em pessoas que já possuem pelo menos um fator de predisposição. Esses fatores incluem tabagismo, obesidade, pressão e colesterol altos, diabetes e doença cardiovascular.

Um estudo publicado pela Sociedade Europeia de Cardiologia afirma que quem toma Aspirina têm mais probabilidade de desenvolver esses problemas do que quem não faz uso do medicamento.

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