O que faz das ISTs um problema de saúde pública é a falta ou atraso no diagnóstico. O desconhecimento sobre os sintomas e o tabu a respeito do contágio atrapalham a busca por ajuda médica.
“Sem o diagnóstico, a infecção pode se tornar mais grave e a pessoa pode transmitir a doença para um grupo maior”, explica o infectologista Igor Marinho, da Rede de Hospitais São Camilo, de São Paulo.
Pensando nisso, ele alerta para alguns sintomas comuns de ISTs que devem ser motivo de investigação médica:
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Herpes genital - Altamente contagiosa, a herpes genital é causada pelo vírus Herpes simplex (HSV). As pessoas infectadas podem desenvolver pequenas bolinhas vermelhas muito próximas umas das outras na pele das coxas, anus e órgãos genitais. Essas bolinhas contêm um líquido altamente viral de cor amarelada que causa coceira. Além disso, a doença pode se manifestar com febre, dor ao urinar e, no caso de mulheres, corrimento
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Aids -é causada pelo vírus HIV e faz com que o sistema imunológico perca a capacidade de defender o organismo. Ainda não tem tratamento conhecido que seja eficaz.
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Gonorreia e infecção por Clamídia - Na maioria das vezes, as duas doenças estão associadas. A infecção atinge os órgãos genitais, a garganta e os olhos. Quando não é tratada, a gonorreia pode levar à infertilidade. Os principais sintomas em mulheres são dor ao urinar ou no pé da barriga (baixo ventre), corrimento amarelado ou claro fora do período de menstruação, dor ou sangramento durante a relação sexual. Os homens costumam sentir ardor e esquentamento ao urinar, corrimento ou pus e dor nos testículos
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HPV - A infecção por papilomavírus humano (HPV) é uma das mais incidentes e pode ser prevenida com vacina. Ela leva ao aparecimento de lesões na pele dos órgãos genitais de homens e mulheres. A textura dessas alterações pode ser suave ou rugosa, com coloração que varia de acordo com o tom de pele. Elas não causam dor, mas são contagiosas
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Sífilis - A sífilis é uma infecção bacteriana geralmente transmitida pelo contato sexual ou pelo contato com sangue infectado. Os primeiros sintomas surgem no intervalo de três a 12 semanas após o contágio, provocando feridas e manchas vermelhas nas mãos e pés que não sangram e nem causam dor. A sífilis pode provocar cegueira, paralisia e problemas cardíacos
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Infecção pelo HTLV - Pouco conhecido, o HTLV é um retrovírus da mesma família do HIV, possuindo em comum as mesmas formas de transmissão. A maioria das pessoas não apresenta sinais e sintomas durante toda a vida. Dos infectados pelo HTLV, 10% apresentarão alguma doença associada, como doenças neurológicas, oftalmológicas, dermatológicas, urológicas e hematológicas
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Tricomoníase -
A tricomoníase é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns, provocada por um parasita. Os principais sintomas são: dor durante a relação sexual, ardência e dificuldade para urinar, coceira nos órgãos sexuais, corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, bolhoso
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Conheça 10 sintomas comuns de ISTs
Corrimentos: aparecem no pênis, vagina ou ânus, podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados, e podem causar dor ao urinar e/ou durante a relação sexual;
Feridas: podem ser dolorosas ou não, e podem ser seguidas de “íngua” na virilha;
Dor pélvica: presente em algumas ISTs, como a sífilis e a gonorreia;
Ardência ao urinar;
Lesões de pele: pode ser uma ferida discreta que surge no pênis, vulva, vagina, colo do útero, ânus ou boca, não provocando dor e desaparecendo após algum tempo;
Febre: em casos de infecção por vírus, como a hepatite B e C, o HIV e o da herpes genital, a febre pode ser um sintoma inicial;
Tosse e dor de garganta: sintomas iniciais de hepatite B e C;
Náusea e vômitos: também podem ser sintomas iniciais da hepatite B e C;
Diarreia: outro sintoma inicial das hepatites B e C.
Nem todas as infecções por ISTs são sintomáticas e é possível adoecer sem sinais. O uso do preservativo em todas as relações íntimas é o método mais eficaz para evitar a transmissão delas.
“A conscientização, a educação e o apoio contínuo são essenciais para avançar na resposta ao HIV/AIDS e às ISTs em geral, principalmente em relação às populações mais jovens”, conclui Marinho.
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