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Varíola dos macacos vira emergência de saúde mundial. O que muda

Classificação corresponde à alerta máximo e, na prática, significa que países devem agir de forma conjunta para evitar a doença

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Goiás tem primeiro caso suspeito de varíola dos macacos, diz Ministério da Saúde
1 de 1 Goiás tem primeiro caso suspeito de varíola dos macacos, diz Ministério da Saúde - Foto: Reprodução

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, neste sábado (23/7), a varíola dos macacos como emergência de saúde pública mundial, mesma categoria na qual a Covid-19 está classificada desde o fim de janeiro de 2020.

A classificação corresponde ao nível de alerta máximo da entidade e, na prática, significa que os países devem agir de forma cooperada para evitar a disseminação da doença, o que inclui ações de vigilância epidemiológica, investimento em pesquisas e treinamento de pessoal e colaboração para diagnósticos, tratamentos e aplicação de vacinas.

“Temos um surto que se espalhou rapidamente pelo mundo, por meio de novos modos de transmissão sobre os quais entendemos muito pouco”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacando que, se os esforços dos países forem alinhados será possível deter a transmissão do vírus.

Subir o nível de alerta também resulta em reforçar a atenção das equipes de saúde e da população para a infecção, o que aumenta a compreensão sobre sintomas e transmissão e evita a subnotificação de casos.

Mundo

O atual surto de varíola dos macacos surgiu em maio e, até aqui, já foram registrados 16 mil casos em 75 países. A doença não é uma pandemia como a Covid, mas chama atenção a maneira rápida pela qual vem se espelhando para os países, especialmente entre o grupo de homens que fazem sexo com homens. A OMS estima que 98% dos casos estejam neste grupo.

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração
Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC),  "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"
Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história
Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem
O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias
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Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração

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Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"

Roos Koole/ Getty Images
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Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história

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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem

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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias

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Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação

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Apesar de relativamente rara e transmissível, os especialistas europeus afirmam que o risco de um grande surto é baixo

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“É essencial que todos os países trabalhem em estreita colaboração com as comunidades de homens que fazem sexo com homens, para projetar e fornecer informações e serviços eficazes e adotar medidas que protejam a saúde, os direitos humanos e a dignidade das comunidades afetadas”, afirmou Tedros, na reunião deste sábado (23/7).

Brasil

A última atualização do Ministério da Saúde aponta que o Brasil tem 696 casos confirmados de varíola dos macacos.

Os casos estão espalhados por 13 estados e no Distrito Federal. São Paulo é a região com maior número de registros: 438 casos.

Outros 13 estados já registraram casos da doença. São 102 confirmados no Rio de Janeiro, 33 em Minas Gerais, 13 no Distrito Federal, 11 no Paraná, 14 em Goiás, três na Bahia, dois no Ceará, três no Rio Grande do Sul, dois no Rio Grande do Norte, dois no Espírito Santo, três em Pernambuco, um em Mato Grosso do Sul e um em Santa Catarina.

Transmissão e sintomas

A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes. Até aqui, não há confirmação de que ocorra transmissão via sexual, mas a hipótese está sendo levantada pelos cientistas.

O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias. Os sintomas costumam aparecer 10 ou 14 dias após o momento da infecção. Os primeiros sinais são febre, mal-estar e dor. Cerca de três dias depois, os pacientes passam a apresentar bolhas pelo corpo – parecidas com as da catapora. A doença termina em um período entre três e quatro semanas.

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