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Varíola dos macacos: veja indicação de uso e eficácia do tecovirimat

Antiviral estará disponível no Brasil para o tratamento de pacientes graves. A importação foi anunciada pelo Ministério da Saúde

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1 de 1 pilulas remedios - Foto: Vinicius Schmidt/Metrópoles

O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (1º/8), que o Brasil receberá, por intermédio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o medicamento tecovirimat para tratar pacientes com a varíola dos macacos.

O antiviral, também conhecido como TPOXX, não tem registro para uso no país ou pedido de avaliação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anisa). No entanto, a agência esclarece que, em se tratando de situações específicas e emergenciais, existem mecanismos de importação que permitem a entrada de produtos sem registro no Brasil, mas com a aprovação no país de origem.

“A Anvisa deverá avaliar os requisitos necessários para importação, bem como as orientações para as ações de monitoramento de eventos adversos a partir de seu uso na população”, informou a agência.

O tecovirimat foi aprovado pela agência Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, para o tratamento de adultos e crianças com a varíola humana (smallpox), mas ainda não tem liberação específica para outras infecções por ortopoxvírus, incluindo varíola dos macacos.

Também motivado pelo atual surto mundial, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), decidiu por manter um protocolo investigacional que permite o uso do tecovirimat para tratamento precoce da varíola dos macacos.

Indicação

Ao anunciar que o Brasil receberá o medicamento, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que no primeiro momento serão contemplados apenas os pacientes de casos mais graves.

De acordo com o CDC, são considerados casos graves com indicação de uso do tecovirimat quadros com lesões espalhadas por áreas maiores do corpo, sepse (infecção generalizada), encefalite (inchaço do cérebro), doença hemorrágica ou outras condições que necessitem de hospitalização.

O medicamento também é recomendado para pessoas com alto risco de doença grave, como imunossuprimidos, crianças menores de 8 anos, mulheres grávidas ou amamentando após avaliação clínica, e pessoas com histórico de dermatite atópica, por exemplo.

 

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração
Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC),  "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"
Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história
Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem
O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias
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Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração

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Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"

Roos Koole/ Getty Images
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Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história

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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem

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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias

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Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação

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Apesar de relativamente rara e transmissível, os especialistas europeus afirmam que o risco de um grande surto é baixo

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Eficácia

Estudos com animais mostraram a redução do risco de morte por infecções por ortopoxvírus quando o tratamento é iniciado no início da doença.

Outra pesquisa, publicada na revista científica The Lancet Infectious Diseases após o tratamento de pacientes com a varíola dos macacos, concluiu que o remédio pode encurtar a duração da doença e a disseminação viral.

Reações adversas

As pesquisas feitas até agora mostraram que os principais efeitos colaterais do tratamento em cápsulas são dor de cabeça (12%), náusea (5%), dor abdominal (2%) e vômito (2%). Na forma de injeção, os pacientes se queixam de dor no local da infusão (73%), inchaço local (39%), vermelhidão da pele (23%) e dor de cabeça (15%).


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