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Variante Ômicron teria se originado em ratos, indicam pesquisadores

Estudo aponta que a variante Ômicron se desenvolveu inicialmente em animais, antes de infectar seres humanos

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1 de 1 coronavírus - Foto: Arte/Metrópoles

Desde a identificação da variante Ômicron, cientistas buscam descobrir onde a cepa pode ter surgido. Um estudo, produzido pelo Instituto Nacional para o Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis da China, sugere que os primeiros hospedeiros da Ômicron provavelmente foram os ratos.

A pesquisa foi publicada no Journal of Biosafety and Biosecurity e apoia a ideia de que a Ômicron infectou inicialmente os animais, onde sofreu mutações, e só depois contaminou humanos. Depois de uma análise genética, os resultados mostraram que a variante não estava presente em um ramo evolutivo intermediário, sugerindo que pode ter evoluído em um hospedeiro não-humano.

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

Peter Dazeley/ Getty Images
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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

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Mutações presentes em ratos

A análise dos dados da Ômicron revelou um elevado número de mutações concentradas na proteína spike (especificamente na região dos receptores obrigatórios), e que a variante tem cinco locais de mutação adaptados ao rato. Em conjunto, os dados sugerem que a Ômicron pode ter evoluído neste hospedeiro”, afirma o estudo.

Para a plataforma Eurekalert, o autor do estudo, Jianguo Xu, explica que o “perfil de mutação mostra que o vírus se adaptou para infectar as células dos ratos. Além disso, a árvore filogenética escalonada no tempo mostra que as linhagens Ômicron e Gama circulavam provavelmente em meados de 2020, o que suporta a hipótese de que a cepa possa ter evoluído em uma espécie animal não-humana”.

O cientista acredita que o coronavírus acumulou lentamente mutações ao longo do tempo em ratos, antes de ser transmitido de volta aos seres humanos. “Se determinarmos que a Ômicron foi derivada de ratos, as implicações da sua circulação entre hospedeiros não humanos colocarão novos desafios na prevenção e controle da epidemia”, destaca.

Funcionamento do coronavírus

O coronavírus entra nas células hospedeiras através da interação de proteínas do tipo spike com a superfície das células humanas. De acordo com os especialistas, algumas variantes que têm mutações nessa proteína estão potencialmente associadas a uma maior transmissão, patogenicidade e evasão da resposta imune.

Segundo o artigo, embora a variante inicial do tipo selvagem do Sars-CoV-2 não infecte ratos, foram identificadas estirpes adaptadas a esses animais. Várias cepas encontradas têm mutações localizadas na região dos receptores obrigatórios, que unem o vírus às células, e isso aumenta a capacidade de replicação do vírus e na formação de mutações.

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