Variante Delta leva Israel a pedir que população evite abraços e beijos
Autoridades israelenses estão em alerta com a alta transmissão da variante Delta e adotam uma série de restrições para conter o coronavírus
atualizado
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Na esteira de uma sequência de medidas que diminuíram a flexibilização ante a epidemia de coronavírus em Israel, o governo do país está recomendando o retorno ao regime de home office como também que a população evite cumprimentar usando apertos de mãos, beijos e abraços.
O governo decidiu tornar obrigatória a apresentação do chamado “passaporte da vacina”, concedido a quem já foi infectado, completou a imunização, testou negativo ou contraiu a doença recentemente, para quem quiser entrar em ambientes com capacidade de comportar menos de 100 pessoas.
Na última terça (3/8), foi anunciada a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços abertos com capacidade superior a 100 pessoas. “Nosso objetivo é manter Israel aberta e, ao mesmo tempo, evitar uma situação de lotação de hospitais e falta de leitos”, informou o primeiro-ministro do país, Naftali Bennett, segundo as agências internacionais. O líder acrescentou que é preciso saber a hora de “acionar o freio” quando necessário.
Variante Delta
O retrocesso é um banho de água fria e um alerta para o mundo. Em fins de abril deste ano, já se falava em “volta à vida normal”, graças ao sucesso da vacinação. Mas, no início de maio, o Ministério da Saúde israelense havia notificado 41 novos casos da variante Delta, incluindo quatro infecções em pessoas vacinadas. Ignorando esse dado, no final do mesmo mês, o governo anunciou o fim das restrições.
Segundo dados do Ministério da Saúde de Israel, na quarta-feira (4/8), foram registrados no país 3.280 novos casos de Covid-19. Desse total, 236 pessoas apresentaram sintomas graves da doença. Ainda não há informações de quantos indivíduos desse universo estavam vacinados, no entanto, sabe-se que a maioria dos que tiveram complicações ainda não haviam sido imunizados.
Até o momento, mais de 62% dos israelenses receberam o ciclo completo de vacinação contra o vírus, em sua maioria com as duas doses da Pfizer/BioNTech, de acordo com dados do Our World in Data. Israel, assim como a Alemanha, já aplica doses de reforço na população com mais de 60 anos ou com comorbidades. Segundo esses governos, a terceira injeção é para reforçar a resposta imunológica.
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