Variante britânica não causa Covid-19 mais grave, dizem estudos
Duas pesquisas publicadas na revista científica The Lancet mostram que variante está associada a maior carga viral, mas não à gravidade
atualizado
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Motivo de preocupação internacional, a variante britânica do coronavírus é mais transmissível, mas não causa quadros mais graves de Covid-19, de acordo com dois estudos publicados na revista científica The Lancet.
Segundo os levantamentos, as mutações da B.1.1.7 são responsáveis por uma carga viral e velocidade de reprodução maior do que as outras cepas, mas sem consequência direta para o paciente.
O primeiro estudo, publicado nessa segunda (12/4), foi realizado por pesquisadores do Nacional Centre for Infectious Diseases de Singapura, com dados de 341 pacientes britânicos – desses, 58% foram diagnosticados com a variante. Entre as pessoas com a B.1.1.7, 36% desenvolveram quadro grave ou morreram, comparado com 38% dos pacientes com a cepa comum do coronavírus.
A outra pesquisa analisou dados de 36.920 britânicos usuários de um aplicativo no qual podem inserir seus sintomas diariamente.
O levantamento descobriu que a variante tem uma taxa de reprodução 1,35 vezes maior do que a do coronavírus comum, e não houve evidência de que as mutações causaram quadros mais graves da doença.
Entenda, na galeria, como funcionam as variantes: