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Influenciador expõe luta contra vício em vape nas redes: “Sou humano”

Com milhões de seguidores, o influenciador Gustavo Foganoli cria campanha contra o uso de vape e chama colegas para colaborar

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Foto mostra o influencer Gustavo Foganoli, que criou a campanha #semnicotina
1 de 1 Foto mostra o influencer Gustavo Foganoli, que criou a campanha #semnicotina - Foto: Reprodução/Instagram/foganoli

O influenciador Gustavo Foganoli, de 23 anos, decidiu parar de fumar há 20 dias. Ele fumava esporadicamente desde os 14 anos e, aos 17, passou a usar diariamente os PODs – dispositivos para fumar, como o vape.

Com mais de 5 milhões de seguidores no TikTok, Gustavo decidiu tornar pública sua luta com a campanha #SemNicotina e, diariamente, tem ido às redes para falar de como tem se sentido após a interrupção do vício. O vídeo em que ele comunica sua decisão e convida outras pessoas a aderirem teve mais de 30 milhões de visualizações. “Apareceram alguns haters, mas, no geral, a resposta tem sido ótima, muita gente me incentivando a continuar sem o vape”, diz.

A campanha tem atraído a atenção de outros influenciadores. Uma delas é Fernanda Schneider, a Fefê, que, no início deste mês, foi internada por um dia para tratar de uma inflamação nas membranas do pulmão devido ao uso de cigarros eletrônicos.

“Nós não somos alienígenas, somos seres humanos com sentimentos e vícios, como qualquer pessoa, e mostramos as nossas fragilidades para que mais pessoas tentem parar também”, comenta Gustavo.

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O influenciador deixou o hábito há 20 dias e tem feito um diário na web sobre a adaptação
Foganoli começou a fumar de forma esporádica com apenas 14 anos
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Foganoli diz que já sente os efeitos positivos de ter deixado de fumar

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O influenciador deixou o hábito há 20 dias e tem feito um diário na web sobre a adaptação

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Foganoli começou a fumar de forma esporádica com apenas 14 anos

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Abstinência e benefícios

O jovem fumava com vaporizador de nicotina, que era recarregado com óleos da substância. Embora muita gente acredite que o vape é mais saudável que o cigarro comum, os estudos indicam que eles são prejudiciais à saúde e altamente viciantes.

Na semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter a proibição de venda desses dispositivos no Brasil, mas eles seguem sendo facilmente encontrados em lojas especializadas.

“Ainda estou no processo de tirar a nicotina. Estou usando chicletes de nicotina, dois por dia, para reduzir a sensação de dependência. Estou diminuindo a quantidade de chicletes e estou lutando. Especialmente depois de comer ainda me bate uma vontade da nicotina, mas com os chicletes tenho controlado legal”, conta ele.

Entre os sintomas de abstinência, o influenciador disse ter se sentido mais ansioso e irritadiço, especialmente por ter feito um corte bruto no consumo. Entretanto, Foganoli aponta que os benefícios estão fazendo ele seguir em frente. “Tenho sentido uma melhora na minha respiração, no meu paladar, no meu senso olfativo. Estou sentindo mais cheiros, mais gosto, no geral. Também estou muito mais disposto para os exercícios físicos, o meu batimento cardíaco médio durante os treinos desceu, então estou conseguindo fazer exercícios mais pesados”, exemplificou.

Foganoli é conhecido em sua atuação na indústria da moda e diz que espera que o cigarro, apesar da campanha constante para parecer como algo legal, seja visto como prejudicial. “É muito legal trazer essa imagem de que não, não é legal, não é para ser relacionado a coisas boas. Na verdade, cara, é cafona, você fica fedido, acaba com a sua saúde. Hoje em dia, quem quer ser cafona, né?”, conclui ele.

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Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil
No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários
Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)
Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina
Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena
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Cada vez mais popular no Brasil, o vape, cigarro eletrônico ou e-cigarrette tem se tornado um verdadeiro fenômeno entre os jovens. O produto, geralmente, tem aparência semelhante a de um cigarro comum, mas também pode ser encontrado em formato de pen drive ou caneta

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Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil

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No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários

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Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)

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Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina

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Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena

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Ainda segundo os especialistas, o líquido produzido pelo cigarro eletrônico tem pelo menos 80 substâncias químicas consideradas perigosas e responsáveis por reforçar a dependência na nicotina

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Além disso, o uso diário de cigarros eletrônicos causa estado inflamatório em vários órgãos do organismo, incluindo o cérebro. Novas pesquisas indicam que a utilização também pode desregular alguns genes e fazer com que o usuário desenvolva uma condição chamada EVALE, lesão causada pelo produto nos pulmões

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O neurologista Wanderley Cerqueira, do Hospital Albert Einstein, explica que os efeitos no usuário variam dependendo da nicotina e dos sabores líquidos, que influenciam a forma como o corpo responde às infecções. Segundo ele, vapes de menta, por exemplo, deixam as pessoas mais sensíveis aos efeitos da pneumonia bacteriana do que outros aromatizantes

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O especialista alerta que as células imunológicas parecem ser desativadas à medida que os pulmões são continuamente encharcados com produtos químicos. Esse processo enfraquece as defesas do organismo contra ameaças como pneumonia ou câncer

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Ainda segundo o médico, mesmo os vapes sem sabor são perigosos. Isso porque eles possuem outros aditivos químicos em sua composição, como propilenoglicol, glicerina, formaldeído e a própria nicotina, que causa câncer

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Uma pesquisa da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, encontrou níveis perigosos de toxinas em produtos usados para conferir sensação mentolada em cigarros eletrônicos. Foram verificados problemas em várias marcas dessas substâncias mas, principalmente, na Puffbar, uma das mais populares do mundo

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Os cientistas encontraram níveis das toxinas WS-3 e WS-23 acima dos considerados seguros pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no fluido do produto. Dos 25 líquidos analisados, 24 tinham WS-3, por exemplo

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As substâncias são usadas em aditivos alimentícios para dar o “frescor” do mentolado sem o sabor de menta, mas não devem ser inaladas. Elas são encontradas também em produtos nos sabores de manga ou baunilha

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