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Vape aumenta em 19% o risco de insuficiência cardíaca, diz estudo

Pesquisa apontou que uso de cigarro eletrônico prejudica o coração e pode levar a condição cardíaca grave

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Pessoa fumando cigarro eletrônico- Metrópoles
1 de 1 Pessoa fumando cigarro eletrônico- Metrópoles - Foto: Getty Images

O uso de vape e cigarros eletrônicos pode aumentar o risco de desenvolver insuficiência cardíaca em até 19%. O dado é parte de um estudo que será apresentado no domingo (7/4) no encontro anual da American College of Cardiology e foi parcialmente adiantado para a imprensa.

A insuficiência cardíaca é um problema de saúde grave caracterizado por dificuldades na circulação sanguínea. Ela atinge cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil e, nos casos mais graves, os pacientes precisam passar por um transplante de coração. Um exemplo é a situação do apresentador Faustão.

De acordo com a pesquisa recém-conduzida pelo cardiologista Yakubu Bene-Alhasan, o uso de nicotina aerossol sem combustão (comum aos cigarros eletrônicos, vapes e demais dispositivos eletrônicos para fumar) tem efeitos nocivos à saúde do coração.

“Muita gente ainda considera que esses equipamentos são inofensivos, mas a diferença de saúde que vimos foi substancial”, resumiu Bene-Alhasan no comunicado.

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Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil
No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários
Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)
Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina
Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena
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Cada vez mais popular no Brasil, o vape, cigarro eletrônico ou e-cigarrette tem se tornado um verdadeiro fenômeno entre os jovens. O produto, geralmente, tem aparência semelhante a de um cigarro comum, mas também pode ser encontrado em formato de pen drive ou caneta

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Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil

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No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários

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Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)

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Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina

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Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena

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Ainda segundo os especialistas, o líquido produzido pelo cigarro eletrônico tem pelo menos 80 substâncias químicas consideradas perigosas e responsáveis por reforçar a dependência na nicotina

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Além disso, o uso diário de cigarros eletrônicos causa estado inflamatório em vários órgãos do organismo, incluindo o cérebro. Novas pesquisas indicam que a utilização também pode desregular alguns genes e fazer com que o usuário desenvolva uma condição chamada EVALE, lesão causada pelo produto nos pulmões

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O neurologista Wanderley Cerqueira, do Hospital Albert Einstein, explica que os efeitos no usuário variam dependendo da nicotina e dos sabores líquidos, que influenciam a forma como o corpo responde às infecções. Segundo ele, vapes de menta, por exemplo, deixam as pessoas mais sensíveis aos efeitos da pneumonia bacteriana do que outros aromatizantes

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O especialista alerta que as células imunológicas parecem ser desativadas à medida que os pulmões são continuamente encharcados com produtos químicos. Esse processo enfraquece as defesas do organismo contra ameaças como pneumonia ou câncer

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Ainda segundo o médico, mesmo os vapes sem sabor são perigosos. Isso porque eles possuem outros aditivos químicos em sua composição, como propilenoglicol, glicerina, formaldeído e a própria nicotina, que causa câncer

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Uma pesquisa da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, encontrou níveis perigosos de toxinas em produtos usados para conferir sensação mentolada em cigarros eletrônicos. Foram verificados problemas em várias marcas dessas substâncias mas, principalmente, na Puffbar, uma das mais populares do mundo

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Os cientistas encontraram níveis das toxinas WS-3 e WS-23 acima dos considerados seguros pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no fluido do produto. Dos 25 líquidos analisados, 24 tinham WS-3, por exemplo

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As substâncias são usadas em aditivos alimentícios para dar o “frescor” do mentolado sem o sabor de menta, mas não devem ser inaladas. Elas são encontradas também em produtos nos sabores de manga ou baunilha

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Como foi feito o estudo?

Para o estudo, os pesquisadores usaram informações de pesquisas e registros eletrônicos de saúde do All of Us, uma base de dados de saúde de adultos dos EUA. Dos 175 mil indivíduos pesquisados ao longo de 45 meses, 3,2 mil tiveram insuficiência cardíaca.

Analisando a população que fumava vapes e a que não fazia uso do dispositivo, a pesquisa apontou uma correlação entre os hábitos que indica 19% a mais de chance de aparecimento do quadro entre as pessoas que usam cigarros eletrônicos.

O uso dos equipamentos foi estatisticamente mais associado com um tipo de insuficiência chamado fração de ejeção preservada (ICFEp). Ela leva a um enrijecimento do músculo cardíaco, dificultando que o coração se encha. Por muitos anos, este diagnóstico foi associado ao envelhecimento, especialmente em mulheres, e a doenças crônicas como a diabetes e a pressão alta.

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