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Vale a pena tomar vitaminas? Mitos e verdades sobre o assunto

As vitaminas são importantes para a saúde do organismo, mas não devem ser ingeridas indiscriminadamente

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1 de 1 Suplementos - Foto: Pina Messina, Unsplash

O clichê “cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém” recebeu pequena adaptação com a inclusão da palavra “vitamina”. Em busca de manter o corpo saudável e livre de doenças, muitas pessoas têm tomado suplementos multivitamínicos com a impressão de que “mal não faz”. Será?

Embora sejam vendidas sem prescrição médica, as vitaminas são indicadas para pessoas de perfis muito específicos: quando há deficiência de nutrientes, estão no grupo de risco ou passam por uma condição como a gravidez, por exemplo. E, ainda assim, caso haja necessidade.

Se a pessoa não tem recomendação para o uso, ingerir multivitamínicos com a promessa de melhoria da saúde é uma ilusão e pode até ser prejudicial à saúde. “Se eu tomar suplemento vitamínico vou ficar mais saudável? Não é possível afirmar. Eles são recomendados em algumas situações, não podemos abranger isso para a população geral”, explica Fernanda Lopes, endocrinologista do Laboratório Exame.

Os suplementos de vitamina C estão entre os mais adotados pela população. “Não temos nenhuma evidência científica relacionada ao benefício dos suplementos de vitamina C. Mas é muito difícil convencer a população de que não é necessário. Virou mais um rito popular do que uma recomendação médica”, reforça Fernanda. “Tomar determinadas vitaminas em excesso pode ser prejudicial. A vitamina D, por exemplo, as pessoas acham que ela é inócua, mas temos que lembrar que ela é um hormônio e tem ação nuclear.”

Vitamina D e Covid-19

A vitamina D virou protagonista de fake news durante a pandemia do novo coronavírus. Isso porque alguns estudos apontaram que pacientes com Covid-19 apresentaram carência de vitamina D, daí para uma onda de mensagens dizendo que ela seria capaz de evitar o vírus foi um pulo. O próprio Ministério da Saúde teve que desmentir os boatos.

De fato, a vitamina D auxilia no equilíbrio de cálcio e fósforo, necessários para a mineralização dos ossos, contração dos músculos, condução nervosa e função celular geral. Pesquisas de várias partes do mundo investigam se ela consegue prevenir doenças autoimunes, mas ainda não foi possível comprovar isso de maneira robusta.

O organismo de uma pessoa saudável deve manter uma faixa de vitamina D acima de 20 ng/ml (nanogramas por mililitro), considerado um número de segurança para o controle do metabolismo ósseo. O excesso de vitamina D pode ocasionar a hipercalcemia (excesso de cálcio), que gera prejuízos para a função renal, formação de cálculos ou perda óssea.

“Quando a dosagem é acima de 100 ng/mL, estamos falando de hipervitaminose, ou seja, doses elevadas de vitamina D”, explicou o Sergio Setsuo Maeda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia de São Paulo (SBEM-SP), ao site oficial do órgão. Em casos assim, há risco de toxicidade e hipercalcemia, quando a taxa de cálcio no sangue está acima do normal e aparecem sintomas como fadiga, fraqueza muscular, náuseas e até anorexia e desidratação.

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