metropoles.com

Vale a pena guardar a placenta para consumi-la no pós-parto?

A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos não indicam

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Stephanie Nantel, Getty Images
placenta 2
1 de 1 placenta 2 - Foto: Stephanie Nantel, Getty Images

Apesar de estar ganhando adeptas até entre as famosas e prometer benefícios como o aumento da produção de leite e o alívio de depressão pós-parto, a prática recente de comer a placenta ou mandar encapsulá-la para que seja consumida não tem comprovações científicas, nem indicações de entidades médicas. Ao contrário, é rejeitada.

A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) não recomenda o consumo da placenta. De acordo com a instituição, essa prática não passa de uma crendice popular. Recentemente, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos também divulgou um alerta pedindo para que as mães não ingerissem a placenta no pós-parto porque isso pode levar a infecções.

A ginecologista Juliana Dytz, da Aliança Instituto de Oncologia em Brasília, desaprova qualquer forma de consumo da placenta, seja ingerindo-a com outros alimentos ou tomando cápsulas feitas a partir dela. “O consumo no pós-parto ainda é muito controverso. Faltam estudos científicos que relatem segurança, biodisponibilidade e benefícios dessa prática”, afirma. Segundo ela, o risco de infecção é bem maior do que qualquer possível benefício. “A degradação começa a partir do momento que o material biológico é retirado do corpo. Sem vascularização, a placenta começa a degradar e pode até apodrecer”, alerta a médica.

A ginecologista e obstetra Marcela Brito, da clínica Matervida, também é contra a prática. Segundo ela, a placenta funciona como filtro entre mãe e feto, muitas vezes bloqueando o acesso a infecções, toxinas e medicamentos. “Não há dúvidas que a placenta, como grande parte de nossos órgãos, é rica em nutrientes. Mas ingeri-la é um risco que não valem os benefícios”, conclui.

 

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?