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Vai para confraternizações? Confira dicas para se proteger da Covid

Alguns cuidados essenciais devem ser tomados antes de ir às confraternizações para evitar a infecção pelo coronavírus neste fim de ano

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Imagem colorida: seis pessoas sentadas ao redor da mesa em uma confraternização de Natal
1 de 1 Imagem colorida: seis pessoas sentadas ao redor da mesa em uma confraternização de Natal - Foto: Getty Images

Mais uma vez, o aumento do número de diagnósticos positivos de Covid-19 preocupa o brasileiro em tempo de festas e comemorações. Nas últimas semanas, a quantidade de pacientes infectados com o coronavírus subiu e deixou a população em alerta nas vésperas das confraternizações de trabalho e amigos, e das reuniões de Natal e reveillón.

O índice de transmissibilidade (RT) da Covid-19 sinaliza uma tendência de avanço da pandemia. No Distrito Federal, por exemplo, a taxa é de 1,74. O número revela que, para cada 100 pessoas doentes, é esperado que outras 174 sejam infectadas, indicando que a transmissão do coronavírus está em descontrole.

Embora seja um momento de alerta, alguns especialistas em epidemiologia avaliam que os encontros não precisam ser cancelados. Com alguns cuidados e ajustes no formato das festas, é possível ter mais segurança. O infectologista Gilberto Nogueira, médico do hospital DF Star, dá alguns conselhos para aproveitar as festas com mais tranquilidade.

Vacinação em dia

A vacinação contra a Covid-19 continua a ser a principal estratégia para evitar que a doença evolua para um quadro mais grave ou leve à morte. Ela é fundamental neste momento de maior circulação de pessoas e, consequentemente, do vírus.

Estudos feitos pelas farmacêuticas desenvolvedoras dos imunizantes e por governos internacionais mostram que a taxa de proteção dos anticorpos neutralizantes induzidos pelas vacinas caem no intervalo de quatro a seis meses após a última injeção.

“Com o passar dos meses, a eficiência das vacinas é prejudicada. Por isso, orientamos que todos tomem também as doses de reforço. Pacientes de alto risco devem receber de quatro a cinco doses, dependendo do caso”, afirma o infectologista.

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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem
Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente
Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada
Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes.  O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma
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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19

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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem

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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada

Hugo Barreto/Metrópoles
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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova

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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Um estudo conduzido pela University Hospital Southampton NHS Foundation Trust, no Reino Unido, mostrou que pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca tiveram um aumento de 30 vezes nos níveis de anticorpos após reforço da vacina da Moderna, e aumento de 25 vezes com o reforço da Pfizer

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea

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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Escolha do local

Dê preferência por locais amplos e bem ventilados e evite os que favorecem a aglomeração de pessoas. Caso o encontro seja realizado em casa, opte pela área externa ou mantenha o ambiente arejado para que o vírus não fique suspenso no ar.

Uso de máscara

Com o aumento de casos de Covid-19 em todo o país, especialistas em epidemiologia voltaram a reforçar a necessidade de a população usar máscara em locais públicos e pouco ventilados. A ferramenta é indicada para proteção individual e coletiva, uma vez que evita a infecção e a transmissão do vírus.

“Ainda estamos em um momento de alta transmissibilidade na comunidade. Recomendamos o uso da máscara em ambientes públicos sempre que o RT está acima de 1”, explica Nogueira.

Evite se estiver com sintomas

Mesmo sintomas leves de vias aéreas superiores, como tosse, garganta arranhando ou coriza, merecem atenção e devem ser investigados antes de ir a uma festa de confraternização, já que há risco de transmissão da doença.

Pessoais mais vulneráveis ou com o calendário de vacinação desatualizado podem evoluir para as formas mais graves da doença caso tenham contato com o vírus.

O autoteste de Covid-19 deve ser feito a partir do terceiro dia de sintomas. “O paciente pode fazer o teste já no primeiro dia de sintomas. No entanto, a taxa de precisão é menor. Se o resultado for negativo, deve repeti-lo 48 horas depois para descartar a Covid-19”, orienta o médico.

“Mesmo com sintomas leves de vias aéreas superiores, deve-se fazer o teste e evitar ir a confraternizações porque há o risco de ser Covid-19”, afirma o infectologista.

Cuide dos vulneráveis

O médico orienta que as pessoas mais vulneráveis à infecção do coronavírus, como idosos, pessoas com condições médicas pré-existentes – como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, pulmonares e câncer –, e imunossuprimidos evitem as confraternizações. “Pelo menos neste momento em que o RT está acima de 1”, pondera.

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