Vai para a trilha? Dicas para administrar a sede e a fome na caminhada
Nutricionista esportivo dá dicas de planejamento em relação ao consumo de água e alimentos durante o passeio
atualizado
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A estação seca é o período ideal para usufruir de cachoeiras e trilhas. O feriado representa um convite para esse tipo de passeio nas cercanias das cidades. No entanto, algumas precauções são importantes para que a caminhada ocorra dentro do roteiro previsto e sem sustos.
Além do protetor solar e do calçado adequado – há tênis específicos para caminhar em trilhas, mas os de ginástica também são bem-vindos se o percurso não for muito longo – é preciso planejar o consumo de água e de alimentos de acordo com a extensão da caminhada.
O nutricionista esportivo Rogério Barros explica que o nosso corpo é formado por 70% de água, aproximadamente. É ela que auxilia o sangue a levar os nutrientes e o oxigênio para as células, além de ser fundamental para a eliminação de substâncias tóxicas e para a manutenção da temperatura corporal.
Com a baixa umidade, própria dessa época do ano, o corpo perde mais água e é nessa hora que a hidratação se torna fundamental. “As trilhas, especialmente as de duração de duas horas, exigem um consumo de água diferenciado. A hidratação deve ser programada de acordo com a duração e a dificuldade da trilha”, explica.
Segundo o especialista, o consumo de água deve ser feito baseado no peso corporal da pessoa, em um cálculo aproximado de 15 ml por quilo para cada hora de caminhada sob o sol. Ou seja, se você pesa cerca de 70 quilos, deve beber aproximadamente um litro de água em uma hora.
“As pessoas acham, de maneira errada, que tomar bastante água é o suficiente para manter a hidratação do corpo. Temos que lembrar que isso pode retirar muito sódio do corpo e essa substância é fundamental para o funcionamento do organismo”, orienta Barros.
O nutricionista esportivo sugere ainda que os caminhantes levem água congelada ou fria durante as trilhas. Para aqueles que não gostam muito de tomar água, Rogério Barros orienta a ingestão de água saborizada.
Lanchinhos
A alimentação, segundo o profissional, também é importante em atividades que exigem muito esforço físico. A orientação é levar alimentos que não sobrecarreguem a mochila para que o peso não gere sobrecarga nas costas e nos joelhos.
O ideal são alimentos com um maior índice de carboidratos, como frutas secas, torradas com geleia ou mel, rapadura e até jujubas. Para o pós-trilha, a indicação são lanches ricos em carboidratos e proteínas, como sanduíches de atum ou frango e vitaminas de frutas.
Um item importante que não deve estar de fora dos preparativos é o saquinho de lixo. Afinal, ninguém vai querer deixar rastros não degradáveis pelo caminho.