Vacinas Pfizer e Moderna são seguras para lactantes, dizem cientistas
Pesquisa dos EUA revelou que material genético do vírus, usado em imunizantes da Pfizer e da Moderna, não é transferido para o leite materno
atualizado
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Estudo realizado por um grupo da Universidade da Califórnia em San Francisco, nos Estados Unidos, investigou amostras de leite de sete lactantes voluntárias antes e depois que elas receberam doses da Pfizer ou da Moderna, que utilizam a tecnologia do RNA mensageiro.
Os resultados da pesquisa mostraram que essas vacinas são seguras para mulheres que estão amamentando, pois o material genético do vírus, usado como princípio ativo dos imunizantes dessas farmacêuticas, não é transferido para o leite materno.
Os cientistas coletaram 13 amostras de leite de cada uma das participantes do estudo, entre quatro e 48 horas após elas terem recebido a segunda dose da vacina. As mulheres estavam amamentando crianças entre 1 mês e 3 anos de idade. Este método foi importante para que os pesquisadores se certificassem de que o material genético não penetrava no leite através das glândulas mamárias.
A equipe da universidade americana detectou nas amostras de leite uma quantidade de RNA viral na escala dos picogramas, mas asseguram que isso não é preocupante: “Qualquer RNA residual abaixo desse limite de detecção se degradaria no sistema gastrointestinal do bebê, reduzindo a exposição ainda mais”, escreveram os cientistas no estudo, que foi publicado nesta terça-feira (6/7) na revista JAMA Pediatrics, da Associação Médica Americana.
A descoberta é importante porque reforça a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que mulheres continuem amamentando após serem imunizadas. A amamentação continua sendo fundamental para a imunidade dos bebês. Embora as vacinas não passem o RNA viral para o leite materno, os anticorpos estarão lá, e são eles que protegem a criança até que ela seja vacinada.
Existem outros tipos de vacina considerados seguros para grávidas e puérperas, porém neste estudo os cientistas optaram pelas vacinas de RNA porque ainda não existiam evidências científicas para este tipo de imunizante.