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Vacinas de rotina podem reduzir risco de Alzheimer, diz estudo

Médicos dos Estados Unidos descobriram que a aplicação de vacinas que já existem está associada a um menor risco de Alzheimer na velhice

atualizado

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Aline Massuca
Vacinas aplicação RJ
1 de 1 Vacinas aplicação RJ - Foto: Aline Massuca

Pesquisadores da Universidade de Houston sugerem que as vacinas podem ter um efeito colateral inesperado: proteger as pessoas contra o Alzheimer na velhice.

De acordo com pesquisa publicada no Journal of Alzheimer’s Disease em 7 de agosto, adultos imunizados com três vacinas comuns – contra tétano e difteria, herpes-zoster e pneumocócica – têm menos chances de apresentar a doença neurodegenerativa.

O mesmo grupo de pesquisadores já tinha descoberto que os vacinados contra influenza (o vírus da gripe) tinham 40% menos probabilidade de desenvolver Alzheimer em relação aos pares não vacinados.

A hipótese dos pesquisadores é que, ao proteger o corpo de infecções, as vacinas também impedem que ocorra um desequilíbrio nas proteínas do cérebro. “As descobertas sugerem que a vacinação está tendo um efeito mais geral no sistema imunológico, reduzindo o risco de desenvolver a doença de Alzheimer”, disse o neurologista líder do estudo, Paul E. Schulz, em comunicado à imprensa.

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

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Quanto as vacinas protegem?

O estudo abrange cerca de 1,5 milhão de pessoas e comparou adultos imunizados com outros que não foram vacinados. Os dados se referem a pessoas com 65 anos sem sinais de demência que foram acompanhadas por oito anos para ver se a condição surgiria.

Entre os que foram vacinados contra tétano e difteria, 7,2% desenvolveram Alzheimer, em comparação a 10,2% entre os não vacinados (30% menos chance). Na vacina pneumocócica, 7,9% dos imunizados apresentaram a doença neurodegenerativa contra 10,9% entre os não vacinados. Por fim, entre os imunizados contra a herpes-zoster, 8,1% tiveram demência em contraste com 10,7% do grupo controle.

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