Vacinas de rotina podem reduzir risco de Alzheimer, diz estudo
Médicos dos Estados Unidos descobriram que a aplicação de vacinas que já existem está associada a um menor risco de Alzheimer na velhice
atualizado
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Pesquisadores da Universidade de Houston sugerem que as vacinas podem ter um efeito colateral inesperado: proteger as pessoas contra o Alzheimer na velhice.
De acordo com pesquisa publicada no Journal of Alzheimer’s Disease em 7 de agosto, adultos imunizados com três vacinas comuns – contra tétano e difteria, herpes-zoster e pneumocócica – têm menos chances de apresentar a doença neurodegenerativa.
O mesmo grupo de pesquisadores já tinha descoberto que os vacinados contra influenza (o vírus da gripe) tinham 40% menos probabilidade de desenvolver Alzheimer em relação aos pares não vacinados.
A hipótese dos pesquisadores é que, ao proteger o corpo de infecções, as vacinas também impedem que ocorra um desequilíbrio nas proteínas do cérebro. “As descobertas sugerem que a vacinação está tendo um efeito mais geral no sistema imunológico, reduzindo o risco de desenvolver a doença de Alzheimer”, disse o neurologista líder do estudo, Paul E. Schulz, em comunicado à imprensa.
Quanto as vacinas protegem?
O estudo abrange cerca de 1,5 milhão de pessoas e comparou adultos imunizados com outros que não foram vacinados. Os dados se referem a pessoas com 65 anos sem sinais de demência que foram acompanhadas por oito anos para ver se a condição surgiria.
Entre os que foram vacinados contra tétano e difteria, 7,2% desenvolveram Alzheimer, em comparação a 10,2% entre os não vacinados (30% menos chance). Na vacina pneumocócica, 7,9% dos imunizados apresentaram a doença neurodegenerativa contra 10,9% entre os não vacinados. Por fim, entre os imunizados contra a herpes-zoster, 8,1% tiveram demência em contraste com 10,7% do grupo controle.
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