Vacinas Pfizer e Oxford protegem contra variante indiana, diz estudo
Duas doses dos imunizantes promoveram proteção de mais de 92% entre os 14 mil casos analisados em pesquisa britânica
atualizado
Compartilhar notícia
Segundo um estudo feito pela Public Health England (PHE), do Reino Unido, as vacinas da Pfizer/BioNTech e da Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 são eficazes na ação sobre a variante Delta (indiana) do coronavírus. Duas doses do imunizante da farmacêutica americana promovem proteção de 96% contra a cepa, enquanto o ciclo completo com a fórmula de Oxford chega a 92%.
Foram analisados casos de cerca de 14 mil pessoas que contraíram a variante entre 12/4 e 4/6. De acordo com os pesquisadores, os resultados são semelhantes aos que garantem a proteção contra a variante Alfa, identificada pela primeira vez no país e conhecida anteriormente como variante britânica.
O ministro da Saúde do país, Matt Hancock, usou o estudo para ressaltar a importância da vacinação e pedir que a população não deixe de tomar a segunda dose dos imunizantes. Mary Ramsey, especialista do PHE responsável pela campanha de imunização contra a Covid-19 no Reino Unido, ressaltou a importância de finalizar a vacinação o mais rapidamente possível “para obter a proteção máxima contra todas as variantes existentes e emergentes”.
A variante indiana já é a predominante entre os novos casos no Reino Unido, e o governo estima que ela seja 80% mais contagiosa do que as outras cepas. Para evitar mais óbitos causados pela doença, o governo britânico decidiu interromper as medidas de flexibilização por mais um mês.
A estimativa é de que cerca de 500 vidas sejam salvas diariamente com a decisão de manter o isolamento por mais 30 dias. A ideia é ampliar, neste primeiro momento, a campanha de vacinação para que mais pessoas tomem a segunda dose dos imunizantes. O Reino Unido é o país mais afetado pela pandemia na Europa, com 128 mil mortes até agora.
Entenda, na galeria, o que são as variantes: