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Vacinas contra Covid não aumentam risco de miocardite, afirma Saúde

Ministério da Saúde e Anvisa alertam sobre a circulação de informações falsas que questionam eficácia e segurança das vacinas contra a Covid

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1 de 1 Vacinação - Metrópoles - Foto: Gustavo Alcântara/Metrópoles

Em um esforço para combater as informações falsas que circulam nas redes sociais e aplicativos de mensagem, o Ministério da Saúde e a Anvisa afirmaram, em notas publicadas nesta terça-feira (28/3), que as vacinas contra a Covid-19 não aumentam risco de casos graves de miocardite ou morte. De acordo com o governo, as fake news prejudicam as iniciativas que tentam ampliar as taxas de cobertura vacinal no país.

“Não se engane, essas informações são falsas. As vacinas são comprovadamente seguras e altamente eficazes para a proteção contra casos graves e óbitos pela Covid-19”, afirma o ministério.

Todas as vacinas em uso no Brasil foram aprovadas pela Anvisa após a apresentação de dados que demonstraram a segurança e eficácia dos imunizantes, mostrando que os benefícios no combate à doença são muito superiores ao risco de uma pessoa desenvolver eventos adversos.

A ocorrência dessas reações é muito rara, de um caso a cada 100 mil doses aplicadas, a maioria deles sem gravidade, afirma o ministério.

A miocardite é uma inflamação no músculo do coração, geralmente causada por uma infecção viral, que pode causar dor no peito, batimentos cardíacos acelerados, falta de ar e insuficiência cardíaca.

Estudos mostram que a doença está relacionada com a síndrome inflamatória multissistêmica (SIM-P), uma condição grave e rara, em que crianças e adolescentes infectados pelo coronavírus desenvolvem uma inflamação que afeta diferentes órgãos do corpo, incluindo o coração.

Neste sentido, a vacinação é importante para reduzir os riscos de complicações pela Covid-19 e, consequentemente, casos graves de miocardite, incluindo a SIM-P, que pode levar a complicações para o resto da vida. “A maior preocupação não está relacionada com a vacinação, mas com os casos em que as crianças têm formas graves da doença”, avalia o ministério.

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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
Apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina
Segundo a Anvisa a grande maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose inadequada e da preparação errônea do produto
A vacina infantil vem em uma embalagem de cor laranja, diferente da versão para maiores de 12 anos, que é roxa. A seringa utilizada é a de 1ml, e o volume aplicado deve ser de 0,2ml
A identificação correta das doses para crianças de 5 a 11 anos é uma obrigação das autoridades públicas, que devem garantir ainda um treinamento eficiente para toda a equipe responsável
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Pais devem ficar atentos para evitar erros na aplicação do imunizante nos pequenos, já que eles têm uma dinâmica própria

Pixabay
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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos

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Apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina

Agência Brasil
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Segundo a Anvisa a grande maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose inadequada e da preparação errônea do produto

Agência Brasil
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A vacina infantil vem em uma embalagem de cor laranja, diferente da versão para maiores de 12 anos, que é roxa. A seringa utilizada é a de 1ml, e o volume aplicado deve ser de 0,2ml

Agência Brasil
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A identificação correta das doses para crianças de 5 a 11 anos é uma obrigação das autoridades públicas, que devem garantir ainda um treinamento eficiente para toda a equipe responsável

Agência Brasil
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De acordo com a Pfizer, a quantidade aplicada nas crianças foi cuidadosamente selecionada com base em dados de segurança e imunogenicidade

Agência Brasil
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Os estudos clínicos da farmacêutica indicaram menor possibilidade de reações adversas no uso de doses menores. As respostas imunológicas também se mostraram mais eficientes porque as crianças, normalmente, têm resposta imune mais robusta

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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Anvisa confirma raridade da reação

Em julho de 2021, a Anvisa fez um alerta sobre o risco de miocardite e pericardite após a vacinação contra Covid-19 feita com imunizantes de plataforma de mRNA depois de tomar conhecimento da ocorrência de casos das doenças em outros países, embora não tivessem sido registrados no Brasil.

Até o fim de 2022, foram registrados 154 casos de miocardite após a aplicação das vacinas no Brasil, entre as 501.573.962 doses administradas, segundo dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI). A incidência é de 0,031 a cada 100 mil doses aplicadas.

Não há registros de mortes por miocardite ou pericardite associadas às vacinas contra a Covid-19. “É importante destacar o benefício e a proteção das vacinas contra Covid-19, uma vez que a taxa de miocardite associada à própria doença é de 30 casos por milhão para a população em geral”, afirma a Anvisa, em nota.

Campanha contra fake news

O governo lançou, no último sábado (25/3), a campanha Brasil contra Fake. A iniciativa, com o tema Quem espalha fake news espalha destruição, visa combater a desinformação disseminada nas redes sociais e aborda o impacto das notícias enganosas no dia a dia da população.

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