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Vacinação emergencial contra a Covid-19 não incluirá crianças, diz Saúde

Falta de pesquisas que indiquem a segurança da imunização para crianças e adolescentes é o principal motivo apontado pela pasta

atualizado

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1 de 1 criança máscara coronavírus covid - Foto: Kelly Sikkema/Unsplash

O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, disse, nesta quinta-feira (3/12), que, pelo menos em um primeiro momento, o Ministério da Saúde não planeja a vacinação em crianças. Segundo a pasta, faltam pesquisas que comprovem a necessidade e a segurança na imunização de meninos e meninas. Outro motivo seria o fato de que elas não são consideradas grupo de risco.

Segundo Medeiros, “nenhum país do mundo” tem estudos que mostrem a utilização de vacinação na faixa etária pediátrica. “Até onde eu saiba, a gente não viu nenhum trabalho que mostre [a vacinação em crianças] ou nenhuma desenvolvedora que tenha colocado [uma vacina] na fase 3 nesta faixa etária. Nós não temos dados em relação a essa questão.”

No plano estratégico para a vacinação contra a Covid-19, divulgado pelo governo nesta terça-feira (1º/12), a pasta anunciou que a imunização brasileira será feita em quatro etapas. Crianças não entraram em nenhum dos grupos específicos delimitados pelo planejamento.

Na quarta-feira (2/12), a farmacêutica Moderna divulgou que pretende começar os testes de sua vacina contra o coronavírus em pré-adolescentes e adolescentes. O teste envolverá 3 mil participantes de 12 a 17 anos. O estudo foi projetado para avaliar, principalmente, a segurança e a reatogenicidade (capacidade de a vacina gerar reação adversa local ou sistêmica no organismo) de um nível de dose única de vacina de mRNA-1273, administrada em duas doses, com 28 dias de intervalo, segundo os pesquisadores.

Metade dos participantes receberá duas injeções da vacina, com quatro semanas de intervalo, e metade receberá injeções de placebo de água salgada. Para garantir que as meninas do estudo que passaram pela puberdade não estão grávidas, o novo ensaio clínico realizará testes de gravidez antes do início dos estudos. Por enquanto, a farmacêutica não está recrutando voluntários.

Em setembro, a farmacêutica chinesa Sinovac/Biotech anunciou que incluiria 552 crianças e adolescentes de 3 a 17 anos nos testes de vacina. A Pfizer iniciou testes de vacina em jovens a partir de 12 anos em outubro. A farmacêutica foi a primeira a realizar ensaios clínicos nos Estados Unidos com voluntários adolescentes.

Veja as etapas do estudo clínico da vacina:

 

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