Vacina Sputnik V apresenta 91,4% de eficácia, afirma Rússia
Laboratório russo responsável pelo imunizante anunciou dados da fase final de estudos clínicos nesta segunda-feira (14/12)
atualizado
Compartilhar notícia
A vacina russa contra a Covid-19 Sputnik V, produzida pelo Instituto Gamaleya, apresentou eficácia de 91,4% em sua fase final de estudos. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (14/12) pelos cientistas que desenvolveram o imunizante. Até agora, não há um pedido formal de registro para uso emergencial da vacina no Brasil ou mesmo de autorização para testes junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em coletiva de imprensa, Denis Logunov, vice-diretor do laboratório, afirmou que o imunizante “protegeu os voluntários da forma grave da doença em 100% dos casos”. A pesquisa ainda não foi publicada em revistas científicas, o que significa que as informações ainda não foram revisadas e validadas por outros cientistas.
O laboratório analisou dados de 22.714 voluntários – destes, 78 foram infectados pela Sars-CoV-2. Dos pacientes doentes, 62 faziam parte do grupo de controle, ou seja, tinham recebido um placebo, e não a vacina propriamente dita. Isso, de acordo com os desenvolvedores, comprovaria a vantagem deste imunizante.
Os resultados desta etapa da pesquisa foram os mesmos de fases anteriores, o que indica que a taxa de eficiência do medicamento permaneceu constante. No último dia 24, o laboratório comunicou que havia 39 casos de coronavírus entre os participantes do estudo.
A estimativa é que mais de 200 mil russos já tenham sido imunizados com a vacina Sputnik V. Atualmente, a Rússia passa por uma segunda onda da doença e registra mais de 2,6 milhões de infecções.
Nesta sexta-feira (11/12), o Instituto Gamaleya e a farmacêutica AstraZeneca declararam que vão testar a combinação dos dois imunizantes. A proposta da parceria partiu do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) e do Instituto Gamaleya.
No fim de novembro, Sergei Shoigu, ministro da Defesa da Rússia, anunciou, em comunicado, que mais de 400 mil militares receberão a vacina contra a Covid-19.