metropoles.com

Vacina obrigatória: Itália veta matrículas de crianças não imunizadas

O governo está alarmado com o aumento dos casos de sarampo no país. Itália registrou 5 mil casos da doença no ano passado

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Jovanandic, Istock
vacinacao italia
1 de 1 vacinacao italia - Foto: Jovanandic, Istock

Com intuito de frear os casos de sarampo no país, o governo italiano exigirá que as escolas só aceitem matrículas de crianças vacinadas. A medida prevê dez vacinas obrigatórias e foi instituída, originalmente, em 2017, para ser suspensa em seguida devido à reação de alguns setores. Na semana passada, o governo decidiu retomar a exigência para reverter a falta de cobertura das imunizações.

Por conta das campanhas antivacinação de alguns grupos, o sarampo voltou a preocupar a Europa. Em 2017, a Itália registrou quase cinco mil casos da doença, o segundo índice mais alto do continente depois da Romênia. Após a aplicação inicial da lei, ainda em 2017, a cobertura da primeira dose da vacina contra sarampo passou de 89% para 92% em um ano. A segunda dose, no entanto, permaneceu com taxas mais baixas – em torno de 86%. A Organização Mundial de Saúde recomenda uma cobertura de 95%.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) confirmou recentemente que há um surto global de sarampo, puxado especialmente por 10 países que tiveram aumento nos registros nos últimos dois anos. Entre eles, está o Brasil, que obteve o certificado de erradicação da doença há três anos e estava sem registros até 2017, mas superou os 10,2 mil casos em 2018.

Em alguns estados da Austrália, como Victoria, só é possível matricular os filhos nos anos iniciais da educação básica se a vacinação estiver em dia. Atualmente, nos EUA a imunização também é obrigatória, mas, questões religiosas, médicas e filosóficas são aceitas como exceções à regra.

Desde o ano passado, o governo brasileiro discute a obrigatoriedade da caderneta de vacinação na hora da matrícula. Apesar de as imunizações serem exigidas em várias escolas privadas privadas, não há um entendimento nacional sobre o tema. Atualmente, os estados brasileiros têm autonomia para legislar sobre a apresentação ou não da caderneta de vacinação.

Mônica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), acredita que o ingresso da criança na escola é um bom momento para reforçar a importância das vacinas. No entanto, ela não defende que a medida seja compulsória. “No Brasil, a evasão já é muito alta por isso não defendemos que este seja um impeditivo”, argumenta. Segundo ela, aqui, a falta de cobertura vacinal está mais relacionado a questões logísticas, como, por exemplo os horários de funcionamento dos postos de saúde, do que com campanhas de grupo antivacinas.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?