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Vacina contra HPV diminui 62% das mortes por câncer de colo de útero

Estudo americano mostrou que, nas últimas duas décadas, os casos de câncer de colo de útero caíram vertiginosamente nos EUA

atualizado

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As mortes por câncer de colo de útero estão diminuindo radicalmente entre mulheres jovens graças à vacinação contra o HPV. Um estudo publicado na revista científica JAMA Network mostrou que, de 1992 a 2021, as mortes causadas pelo tumor caíram 62% nos Estados Unidos graças às campanhas de vacinação contra o papilomavírus humano.

O estudo feito pela Universidade da Carolina do Sul atribuiu às campanhas de vacinação a redução sensível de casos entre mulheres jovens. “Ainda que seja raro o câncer de colo de útero em mulheres com menos de 50 anos, ele está se tornando ainda mais raro graças à vacinação”, apontou o médico Ashish Deshmukh, líder do estudo, em comunicado à imprensa.

A média de óbitos de mulheres abaixo dos 25 anos por consequência do câncer de colo de útero nos Estados Unidos era de aproximadamente 55 por ano até a introdução do imunizante. Atualmente, a média é de 13 mortes, segundo o levantamento.

“Estes números são importantes para voltar a animar as pessoas a se vacinar. Houve um declínio na vacinação contra o HPV pós-Covid-19 na geração mais recente de adolescentes dos EUA. Isso é preocupante, pois podemos estar colocando em risco ganhos ainda maiores conforme essa população for envelhecendo”, completa Deshmukh.

Vacinação do HPV no Brasil

A vacina contra o HPV é recomendada como tratamento rotineiro no país norte-americano desde 2006, quando o imunizante foi criado. No Brasil, a vacina é aplicada gratuitamente no SUS desde 2012.

O imunizante aplicado no Brasil é o quadrivalente, que protege contra os quatro tipos do HPV mais associados aos casos de câncer. Ele é indicado para:

  • Meninas e meninos de 9 a 14 anos, com esquema de dose única;
  • Pessoas imunocomprometidas (que vivem com o HIV, transplantadas ou pacientes oncológicos) com três doses;
  • Vítimas de abuso sexual;
  • Usuários de profilaxia pré-exposição (PrEP) de HIV;
  • Pacientes portadores de papilomatose respiratória recorrente (PRR).

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