Vacina de Oxford protege contra variante brasileira, diz Fiocruz
Imunizante consegue neutralizar a cepa de Manaus segundo pesquisa feita na universidade britânica em parceira com laboratórios brasileiros
atualizado
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A Fundação Oswaldo Cruz divulgou um comunicado afirmando que a vacina Oxford/AstraZeneca é eficaz contra a variante brasileira do novo coronavírus. A conclusão é de uma pesquisa publicada no site biorxiv, que ainda não foi revisada por outros cientistas.
O estudo, realizado na Universidade de Oxford com a colaboração de cientistas de laboratórios brasileiros, mostrou que a variante do Sars-CoV-2 identificada em Manaus (P.1) reage ao imunizante de forma semelhante à variante britânica, chamada de B.1.1.17.
Em laboratório, os pesquisadores avaliaram como amostras sanguíneas de pessoas vacinadas ou que já tinham passado pela infecção reagiam ao entrar em contato com a mutação brasileira do vírus.
O resultado mostrou que os anticorpos desenvolvidos pelo imunizante foram eficientes em neutralizar o vírus apesar de uma pequena perda em relação ao efeito obtido pela fórmula contra a versão original do vírus. O mesmo teste foi realizado pelo grupo de pesquisa com a vacina Pfizer/BioNTech e chegou a resultados parecidos.
Antes deste estudo, os pesquisadores temiam que o comportamento da variante brasileira se assemelhasse ao da cepa sul-africana, que, em outras pesquisas, se mostrou mais resistente à resposta imunológica induzida pelas vacinas já desenvolvidas.